Alimento geneticamente modificado

Mamão geneticamente modificado para resistir ao vírus Potyvirus.

Alimentos geneticamente modificados, alimentos transgênicos (português brasileiro) ou alimentos transgénicos (português europeu) (AGM) são alimentos produzidos com base em organismos que, através das técnicas da engenharia genética, sofreram alterações específicas no DNA. Essa técnica tem permitido a introdução de culturas agrícolas de traços diferenciados, assim como um controle sobre a estrutura genética bastante superior em relação ao que proporciona a mutação artificial e a seleção artificial.[1]

Os AGM surgiram como uma promessa de resolver o desafio da fome no mundo, de baratear os custos de produção, de reduzir o uso de agrotóxicos e de oferecer produtos de qualidade superior, ao mesmo tempo potencialmente mais nutritivos e mais resistentes a pragas. No entanto, as alegadas vantagens, se em alguns casos se mostraram reais, em outros não atenderam às expectativas ou trouxeram resultados negativos imprevistos. Ao mesmo tempo, uma série de estudos independentes tem alertado que a facilidade com que as instâncias governamentais de alguns países como o Brasil e os Estados Unidos, dois dos maiores cultivadores mundiais de AGM, têm liberado esses produtos para consumo, é fruto do lobby político e econômico e não condiz com os critérios científicos de biossegurança. Outros estudos têm apontado uma série de problemas para o ser humano e para o meio ambiente que podem derivar do cultivo e consumo dos AGM, como reações alérgicas, intoxicações, formação de tumores, declínio da biodiversidade, contaminação genética e vários outros.

Essa tecnologia é muito recente, o conhecimento científico sobre seus riscos ainda é fragmentário e insuficiente, e os estudos que negam efeitos daninhos em geral são produzidos pelas próprias companhias de biotecnologia num contexto de conflito de interesses, ou são de curto prazo, produzindo resultados pouco confiáveis ou de valor bastante limitado. Vários organismos nacionais e internacionais apresentam os AGM como portadores de um risco à saúde não significativamente diferente dos cultivos tradicionais, mas eles têm sido contestados amplamente, outros organismos equivalentes recomendaram mais cautela e mais pesquisas ou impuseram restrições, a polêmica em torno do assunto permanece grande e ainda restam muitas dúvidas não respondidas.

  1. GM Science Review First Report Arquivado em 16 de outubro de 2013, no Wayback Machine., Prepared by the UK GM Science Review panel (July 2003). Chairman Professor Sir David King, Chief Scientific Advisor to the UK Government, P 9

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