Antonio Negri

Antonio Negri
Antonio Negri
Nascimento 1 de agosto de 1933
Pádua, Itália
Morte 16 de dezembro de 2023 (90 anos)
Villejuif (França)
Nacionalidade italiano
Cidadania Itália
Cônjuge Judith Revel
Alma mater
Ocupação filósofo, político
Empregador(a) Universidade Duke, Universidade de Paris-VIII, Collège international de philosophie, Universidade de Pádua
Obras destacadas Empire
Escola/tradição pós-estruturalismo, pós-modernismo, pós-marxismo
Principais interesses Política
Movimento estético autonomismo
Religião ateísmo

Antonio Negri, também conhecido como Toni Negri (Pádua, 1 de agosto de 1933 - 16 de dezembro de 2023), foi um filósofo político marxista, acadêmico e militante político italiano.

Tradutor dos escritos de Filosofia do Direito de Hegel, especialista em Descartes, Kant, Espinosa, Leopardi, Marx e Dilthey, Negri foi também um dos expoentes do marxismo operaísta, entre os anos 1960 e 1970. A partir dos anos 1980, dedicou-se ao estudo do pensamento político de Baruch Spinoza, contribuindo, juntamente com Louis Althusser e Gilles Deleuze, para a redescoberta teórica do filósofo neerlandês. Em colaboração com Michael Hardt, escreveu algumas obras muito influentes na teoria política contemporânea. Ganhou notoriedade internacional nos primeiros anos do século XXI, após o lançamento do livro Império[1] — que se tornou um manifesto do movimento anti-globalização — e de sua sequência, Multidão, ambos escritos em co-autoria com seu ex-aluno Michael Hardt.

Paralelamente ao seu trabalho teórico, desenvolveu intensa atividade de militância política, tendo sido um dos fundadores das organizações da esquerda extraparlamentar Potere Operaio e Autonomia Operaia.

Em 1979, já professor universitário de filosofia, Toni Negri foi investigado, preso e julgado por "cumplicidade política e moral" com o grupo terrorista Brigadas Vermelhas, em um polêmico e controverso inquérito judicial chamado pela imprensa de "julgamento de 7 de abril". Tachado de cattivo maestro por seus detratores,[2] Negri foi condenado a 12 anos de prisão, aos quais foram acrescentados outros tantos, nos anos 1990, pelos crimes de "associação subversiva" e "cumplicidade moral em roubo". Cumpriu um total de dez anos, os últimos dos quais em regime de semiliberdade.

  1. Império de Toni Negri e Michael Hardt. Trad. Berilo Vargas. Rio de Janeiro : Record, 2001. Resenha, por Peter Pál Pelbart. Revista de Administração de Empresas ISSN 0034-7590 vol.42 n°4, São Paulo out.-dez. 2002
  2. Toni Negri, la rivoluzione globale del «cattivo maestro». Por Stefano Paolo. Corriere della Sera, 30 de julho de 2001, p. 23.

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