Antropologia da arte

Antropologia da arte é o estudo das características dos objetos e produções consideradas artísticas que o homem produz na sociedade em cada época, levando em conta que a Antropologia pode ser entendida como o estudo do homem, suas atividades, sua cultura em um determinado momento histórico apesar de ter se iniciado com o estudo dos povos considerados primitivos e supostamente pré-históricos pelas teorias evolucionistas da época inspiradas na obra de Morgan (1818 – 1881). Antropologia da arte é uma interface da antropologia com outras disciplinas científicas pois, geral engloba uma série de recursos e temas, físicos (materiais e técnicas), fisiológicos, psicológicos, estéticos, culturais, entre outros.

Para Franz Boas (1858-1942), um dos críticos do evolucionismo, pioneiro das ideias sobre igualdade racial e etnocentrismo, arte "primitiva" corresponde a arte estilizada das sociedades sem escrita, um fenômeno determinado pela tradição. Esse antropólogo conduziu muitos estudos de campo das "artes primitivas" – título de um dos mais importantes livros sobre esse tema: (Primitive Art,1927). Segundo Almeida,[1] o objetivo de Boas era, justamente, demonstrar a pluralidade de processos históricos e psicológicos abarcados pelo termo. A variabilidade cultural do campo artístico. Destacava a importância do estudo do método histórico ou entendimento fenômeno cultural como resultante de acontecimentos históricos e a identificação da unidade fundamental dos processos mentais em todas as raças e culturas.

Pintura rupestre dos aborígenes australianos.
  1. Almeida, Kátia M. P. Por uma semântica profunda: arte, cultura e história no pensamento de Franz Boas. Mana vol.4 n.2 Rio de Janeiro Oct. 1998 – disponível em pdf.

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