Ares

 Nota: Para outros significados, veja Ares (desambiguação).
Ares
Deus da guerra, raiva e violência

O famoso Ares Ludovisi, cópia romana do original grego perdido.
Morada Monte Olimpo, Trácia, Macedônia, Esparta
Pais Zeus e Hera
Irmão(s) Ênio, Hebe, Ilítia, Hefesto, e Éris
Filho(s) Eros, Anteros, Fobos, Deimos, Flégias, Enomau, Himeros, Cicno, Bistão, Enalius, Thrax, Tereu, Fothos, Remo, Rômulo, Euritião, Diómedes, Ascalaphus, Ialmenus, Harmonia, Adrestia, Pentesiléia, Hipólita e Antíopa
Romano equivalente Marte

Ares (em grego: Ἄρης, transl.: Árēs), é um deus grego, filho do rei e rainha dos deuses, Zeus e Hera.[1][2][3] Na mitologia, Ares nasceu como um possível substituto de Zeus, como estava escrito em uma antiga profecia, que levou Hera a dar a luz ao Deus da guerra na intenção de que o poder avassalador de seu filho, que era um dos maiores e mais temidos do Olimpo, o levasse a realizar essa profecia, na antiga religião grega. O culto de Ares não foi muito grande, sendo centrado na região norte da Grécia e em Esparta, uma das mais importantes cidades-estados da Grécia Antiga. Embora muitas vezes tratado como o deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, sede de sangue, ou matança personificada.[nota 1] Os romanos identificaram-no como Marte, o deus romano da guerra e da agricultura (que eles tinham herdado dos etruscos).

Entre os helenos sempre houve desconfiança de Ares e ele era detestado por Zeus.[4] Ares foi geralmente diminuído em nome da sua meio-irmã, Atena, que embora fosse deusa da guerra, a posição de Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e sua casa verdadeira foram colocados muito longe, entre os bárbaros e trácios belicosos (Ilíada 13.301; Ovídio, Ars Amatoria, II.10;), de onde ele se retirou depois que o seu caso com Afrodite foi revelado.[5] Embora Afrodite seja mais conhecida como esposa de Hefesto em mitos tardios, ela foi mais retratada com Ares, que por representar virilidade é seu amante ideal no imaginário clássico.[6] O casamento de Afrodite com Hefesto teria chegado ao fim após a exposição da traição dela com Ares e na Guerra de Troia, Homero diz que Afrodite é consorte de Ares. A paixão de ambos representa o dualismo entre amor e ódio, sendo constantemente representados juntos em obras de arte.

"Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em tempos clássicos: Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia.[7] Em tempos micênicos, as inscrições mencionavam Eniálios, um nome que sobreviveu em tempos clássicos como um epíteto de Ares. Corvos e cães, animais que se alimentam dos cadáveres nos campos de batalha, são sagrados para ele.

  1. Hesíodo, Teogonia, 921
  2. Higino, Fabulae, Prefácio
  3. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.3.1
  4. ""Para mim, você é o mais detestável dos deuses que mantêm o Olimpo," Zeus diz-lhe na Ilíada (5.890); "para sempre a luta é mais querida para você, e guerras e matança".
  5. Odisseia, Homero. viii. 361; para Ares/Marte e Trácia, ver Ovídio. A Arte de Amar, livro ii. part xi. 585, diz o mesmo conto: "os seus corpos presos são, com dificuldade, libertados, no seu argumento, Netuno: Vênus corre a Paphos: Marte dirige-se a Trácia."; para Ares/Marte e Trácia, ver também Estácio, "Tebaide" vii. 42; Heródoto, iv. 59, 62.
  6. Barba, Miguel Ángel Elvira. Arte y mito: manual de iconografía clásica. Silex Ediciones, 2008. p.226
  7. Burkert (1985). Greek Religion. [S.l.: s.n.] 169 páginas 


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