Arte celta

Cruz celta em Rock of Cashel, Irlanda

Arte celta é toda a arte associada aos povos celtas do período pré-histórico até o período moderno. Consideram-se celtas todos os povos antigos falantes de línguas celtas originários da Europa Central e Ocidental que habitavam grande parte do continente europeu desde o período pré-romano, inclusive Inglaterra, Gália, partes de Portugal e da Espanha, Alemanha, República Tcheca e Eslováquia. Além disso, a arte celta também inclui as manifestações artísticas de povos antigos cuja linguagem é incerta, mas que acredita-se possuírem certas conexões culturais e estilísticas com os povos celtas.

Arte celta é um termo de grande amplitude, com manifestações abrangendo muitas épocas, culturas e locais diferentes. Ela possui alguma continuidade com a arte europeia da Idade do Bronze que a precedeu, mas a maior parte dos arqueólogos geralmente utiliza o termo arte celta para se referir à cultura europeia da Idade do Ferro até a conquista pelo Império Romano da maior parte dos territórios relevantes. Muitos historiadores da arte só começam a utilizar o termo arte celta a partir do período da cultura La Tène em diante, ou seja, do século V a.C. até ao século I a.C.. Arte celta primitiva é outro termo usado para esse período, estendendo-se na Grã-Bretanha até cerca de 150 d.C.. A arte inglesa e irlandesa da Alta Idade Média — que produziu o Livro de Kells e outras obras — é chamada de arte insular. Essa é a manifestação mais conhecida, mas não representa o conjunto da arte celta na Alta Idade Média, que também inclui a arte picta da Escócia.

Ambos estilos absorveram influências consideráveis de fontes não-celtas, mas mantiveram uma preferência pela decoração geométrica, descartando os assuntos figurativos. Formas circulares energéticas, trísceles e espirais são característicos. Grande parte do material sobrevivente é em metal precioso, o que sem dúvida dá uma imagem pouco representativa. Além das pedras pictas e das cruzes altas insulares, grandes esculturas monumentais, mesmo com entalhes decorativos, são muito raras. As poucas esculturas antropomórficas encontradas — como o Guerreiro de Hirschlanden — possivelmente eram mais comuns em madeira.

Também associado ao termo está a arte da renascença céltica (mais notável pela literatura) do século XVIII até a Era Moderna, que se iniciou com um esforço consciente dos celtas modernos, principalmente nas Ilhas Britânicas, para expressar identidade e nacionalismo. O movimento ainda é popular em diversas formas, como cruzes celtas em monumentos funerários e em tatuagens.

Tipicamente, a arte celta é ornamental, evitando linhas retas e ocasionalmente utilizando simetria, sem a imitação da natureza — aspecto central da tradição clássica. A arte celta usou uma variedade de estilos e mostrou influências de outras culturas em suas espirais, padrões, escrita, zoomorfismo e figuras humanas.


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