Arte persa

A arte persa é um conjunto de obras e estilos artísticos que se originaram ou se desenvolveram na Pérsia. De 550 até 500 a.C., uma rude tribo que habitava a planície iraniana era veneradora da luz e do sol, era crente na luta do bem e do mal e, há muitos anos, era dominada pelos medos. Essa tribo eram os persas. Em 553 a.C., comandados por Ciro, o Grande, eles entraram em revolta e derrotaram seus opressores em 550 a.C. Em seguida, conquistaram a Lídia em 546 a.C. e a Babilônia em 539 a.C., realizando a construção do Império Aquemênida e exercendo seu domínio sobre os jônios na Grécia. Foram, porém, derrotados na batalha de Maratona em 490 a.C. durante o governo de Dario I. Outra batalha famosa, a de Salamina em 480 a.C., deu início a uma série de derrotas, que culminaram com a revolta dos gregos, auxiliados pelos egípcios, representando o início da derrocada deste império.[1]

Esta civilização era essencialmente guerreira, característica naturalmente expressa em sua produção artística, com a criação de criaturas míticas, fantásticas, quase sempre grandiosas, figuras com cabeças humanas e corpos de leão, touro e águia. Suas esculturas eram modeladas com argila e mármore, seus palácios e imponentes construções testemunham o valor da arquitetura persa, as sedas e tapeçarias foram idealizadas como verdadeiras obras de arte.[1]

A arquitetura teve dois grandes momentos. O primeiro corresponde à dinastia dos aquemênidas (550 a 331 a.C.), à qual pertencia Ciro, o Grande. Deste período restam as ruínas de Pasárgada – capital do reinado de Ciro, o Grande. Com a ascensão ao poder dos selêucidas, as obras arquitetônicas persas receberam uma influência marcante do estilo grego. Esta fase histórica teve início com a conquista da Pérsia por Alexandre Magno em 331 a.C. Mas foi durante a dinastia sassânida, que principiou em 226 d.C. e durou até 641, com a chegada do Islã ao poder, que ocorreu um renascimento na arquitetura. Os principais sinais históricos remanescentes desta época são as ruínas dos palácios de Firuzabad, Girra e Sarvestan e as amplas salas abobadadas de Ctesifonte.[1]

Enquanto no reinado dos Aquemênidas a escultura teve características monumentais, do período sassânida restou apenas um modelo escultural, a monumental imagem de um rei fantasma, nas proximidades de Bixapur. As artes decorativas, durante a primeira dinastia, eram usadas nos artigos de luxo, tais como vasilhas de ouro e prata e joias trabalhadas. A pintura sassânida desenvolveu-se amplamente – há relatos sobre milionários persas que decoravam as paredes de suas mansões com imagens de heróis iranianos. A arte em tecidos teve uma importância sem igual nesta época, pois sedas, brocados, rendas e tapeçarias eram muito valorizados e copiados por toda parte. Durante as Cruzadas, eram utilizados para cobrir relíquias de santos. Os tecidos – principalmente a tapeçaria -, sobreviventes nos dias atuais são de imenso valor artístico, e possivelmente os mais caros.[1]

A cerâmica também imprimiu sua marca na história da arte persa – já avançada na era dos Aquemênidas, prosseguiu seu desenvolvimento na Dinastia Sassânida. Restam vários pratos deste período, expostos no Museu Britânico, no Hermitage e no Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque.[1]

A arte dos sassânidas resgatou antigas tradições persas e durante a era islâmica alcançou o litoral do Mediterrâneo. A arquitetura deste período influenciou largamente o Império Bizantino e também o estilo do Islã, o que pode ser constatado na cidade de Bagdá – construção baseada em características persas.[1]

  1. a b c d e f Info Escola (31 de agosto de 2007). «Arte persa». Info Escola. Consultado em 20 de dezembro de 2011 

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