Ataque suicida

Ataques de Kamikaze no USS Bunker Hill, em maio de 1945.

Um ataque suicida é qualquer tipo de operação bélica em cujo processo quem ataca tem a intenção de morrer. Exemplos de ataques suicida são Kamikaze e homens-bomba.[1][2][3] Um ataque suicida caracteriza-se por ser uma ação perpetrada contra um alvo específico em que o indivíduo perde a vida ao concretizar o ataque, sendo essa morte crucial e desejada pelo perpetrador, diferenciando-se de missão suicida, a qual se caracteriza por ser uma ação em que o indivíduo sabe que vai perder a vida porque não irá escapar a tempo e não há outra solução senão morrer ao completá-la, ou seja, a morte do perpetrador durante o ataque é uma necessidade e não uma causalidade.[4] O termo “Ataque Suicida” é redutor e simplificado para classificar os ataques em que o próprio membro da organização terrorista, que efetua o ataque, morre. Os motivos adjacentes a esse tipo de ataques são, algumas vezes, diferentes dos motivos que levam alguém a suicidar-se, aproximando-se também dos motivos do sacrifício ou do martírio.

Segundo a base de dados Iraquiana para contagem de cadáveres, entre Março de 2003 e Dezembro de 2010 ocorreram 1 003 ataques suicidas contra alvos iraquianos que resultou em 12 284 mortes.[5] No Afeganistão são usados frequentemente turbantes e vestes próprias para esconder os explosivos, no entanto o método mais utilizado nos bombardeamentos são os veículos. Desde 2007 que os veículos são usados habitualmente em ataques suicidas no Paquistão, resultando num número de mortes semelhante ao número no Iraque.[5]

As primeiras explicações para o terrorismo suicida surgiram nos anos 80 do século XX contudo, a partir dos anos 90 começou a ser evidente que as explicações anteriormente dadas não eram suficientes para identificar quais os indivíduos que se tornavam mais tarde em terroristas suicidas e porque é que as organizações começavam a usar cada vez mais este tipo de ataque.[6]

Os ataques suicidas atraem muito mais publicidade do que qualquer outro ataque, não só pela morte do próprio membro da organização como também pelo grande número de vítimas inocentes que causa. Algumas das vezes o ataque tem apenas como objetivo obter atenção, sendo uma forma fácil de ser notícia em todo o mundo e de ajudar a publicitar as causas pelas quais as organizações terroristas lutam.[7]

  1. Homem-bomba mata 53 em ataque contra peregrinos xiitas no Iraque
  2. «Story: UN reform». United Nations. Consultado em 24 de fevereiro de 2010. Cópia arquivada em 27 de abril de 2007 
  3. Burke, J., 'Al Qaeda', (London, 2005), p1-24p.22
  4. Martha Crenshaw (2007) “Explaining Suicide Terrorism: A Review Essay”, Security Studies, 16:1, 133-162.
  5. a b Gilbert Burnham (2011). Suicide attacks - the rationale and consequences. The Lancet, Vol. 378, 855 - 857.
  6. Robert A. Pape (2003). The Strategic Logic of Suicide Terrorism. American Political Science Review Vol. 97, No. 3, 243 - 361.
  7. Audrey Kurth Cronin (2003). Terrorists and Suicide Attacks. Congressional Research Service - The Library of Congress.

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