Batalha de Guadalcanal

Batalha de Guadalcanal
Parte da Campanha nas Ilhas Salomão da Guerra do Pacífico na Segunda Guerra Mundial

Fuzileiros navais americanos patrulhando as margens do rio Matanikau, em Guadalcanal, em setembro de 1942.
Data 7 de agosto de 1942 a 9 de fevereiro de 1943
(6 meses e 2 dias)
Local Guadalcanal, Ilhas Salomão
Desfecho Vitória Aliada
Beligerantes
 Estados Unidos
 Reino Unido  Austrália
 Nova Zelândia
 Japão
Comandantes
Marinha:
Robert L. Ghormley
William Halsey
Richmond Turner
Frank Fletcher
Fuzileiros Navais:
Alexander Vandegrift
William H. Rupertus
Merritt A. Edson
Exército:
Alexander Patch
Guarda Costeira:
Russell R. Waesche
Marinha Imperial:
Isoroku Yamamoto
Hiroaki Abe
Nobutake Kondō
Nishizō Tsukahara
Takeo Kurita
Jinichi Kusaka
Shōji Nishimura
Gunichi Mikawa
Raizō Tanaka
Exército Imperial:
Hitoshi Imamura
Harukichi Hyakutake
Forças
60 000+ (forças terrestres)[1] 36 200 (forças terrestres)[2]
Baixas
7 100 mortos
7 789+ feridos
4 capturados
29 navios afundados
615 aeronaves abatidas
19 200 mortos[nota 1]
1 000 capturados
38 navios afundados
683 aeronaves abatidas

A Batalha de Guadalcanal, também conhecida como Campanha de Guadalcanal ou Operação Torre de Guarda pelas forças norte-americanas, foi uma batalha travada entre 7 de agosto de 1942 e 9 de fevereiro de 1943 na Ilha de Guadalcanal, entre as Forças Aliadas e do Japão durante a Guerra do Pacífico, no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Em 7 de agosto de 1942, tropas Aliadas, encabeçadas por fuzileiros navais dos Estados Unidos, desembarcaram nas ilhas de Guadalcanal, Tulagi e Florida nas Ilhas Salomão, com o objetivo de negar aos japoneses o uso dessas ilhotas como base para atacar as linhas de suprimento e rotas de comunicação entre os Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia. Os Aliados também pretendiam usar Guadalcanal e Tulagi como uma base para lançar futuras campanhas no sul do Pacífico e conquistar, ou neutralizar, a principal base japonesa em Rabaul, na Nova Bretanha. Os Aliados sobrepujaram os japoneses com seu número e destruíram suas guarnições em Guadalcanal, conquistando também as ilhas de Tulagi e Florida. Um dos pontos chave das operações foi a tomada do aeroporto de Henderson Field, que estava sendo construído pelos japoneses em Guadalcanal. O poderio militar americano, com apoio dos australianos, desempenhou ações fundamentais para o sucesso da campanha, realizando o primeiro grande desembarque naval de tropas na segunda grande guerra.

Surpreendidos pela repentina e feroz ofensiva Aliada, os japoneses se lançaram, entre agosto e novembro de 1942, em várias tentativas de reconquistar o campo aéreo Henderson. Três grandes incursões terrestres, sete batalhas navais em larga escala e contínuas, quase que diárias, ações aéreas culminaram na decisiva batalha naval de Guadalcanal no começo de novembro, em que a última tentativa dos japoneses de tentar subjugar o campo Henderson por meio de maciços bombardeios por terra e por mar para que forças terrestres pudessem avançar terminou em fracasso e ainda sofreram pesadas baixas no processo. Em dezembro, os japoneses abandonaram seus esforços de retomar Guadalcanal e no início de fevereiro de 1943 iniciaram uma operação de retirada da região, em face de uma nova grande ofensiva encabeçada pelo exército dos Estados Unidos.

A campanha de Guadalcanal foi uma grande e significativa vitória para os Aliados ocidentais no teatro de operações do Pacífico. Junto com a batalha de Midway, é considerado o ponto de virada na guerra contra o Japão.[3] No começo de 1943, os japoneses alcançaram o máximo de suas conquistas territoriais no Pacífico. Porém, as vitórias Aliadas em Baía Milne, Buna-Gona e Guadalcanal marcaram a transição dos Estados Unidos e seus aliados, de uma postura defensiva para uma ofensiva.

A campanha de Guadalcanal seria seguida por várias outras ofensivas bem sucedidas - nas ilhas Salomão, na Nova Guiné, nas Ilhas Gilbert e Marshall, nas Ilhas Mariana e Palau, nas Filipinas (1944-1945) e nas Ilhas Volcano e Ryukyu -, antes dos ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki, pelos Estados Unidos, e da invasão terrestre da Manchúria, da Coreia, da ilha Sacalina e das ilhas Curilas pela URSS, em agosto de 1945. A capitulação do Japão, exaurido, deu-se oficialmente em 2 de setembro de 1945, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.

  1. Frank, pp. 57, 619–621; Rottman, p. 64. (aproximadamente 20 000 fuzileiros e 40 000 soldados do exército americano; forças de outros países desconhecidas)
  2. Rottman, p. 65. (31 400 do exército imperial e 4 800 soldados de infantaria da marinha)
  3. Parshall, Jon. «Title». combinedfleet.com. Consultado em 2 de outubro de 2016 


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