Bolsonarismo

Bolsonarismo
Bolsonarismo
Bolsonaro imitando uma arma de fogo, gesto popularizado entre seus apoiadores durante a campanha presidencial[1][2]
Princípios
Espectro extrema-direita
Principais figuras Jair Bolsonaro

O bolsonarismo é um fenômeno político de extrema-direita[nota 1][15] que eclodiu no Brasil com a ascensão da popularidade de Jair Bolsonaro, especialmente durante sua campanha na eleição presidencial no Brasil em 2018, que o elegeu presidente. A crise do petismo durante o governo Dilma Rousseff, precipitada e acelerada pela crise político-econômica de 2014, fortaleceu a ideologia bolsonarista e a nova direita brasileira, que se inserem no contexto da ascensão do populismo da Nova Direita em nível internacional.[16][17]

O bolsonarismo foi a ideologia predominante do governo Bolsonaro e é associado à retórica de defesa da família, do patriotismo, do conservadorismo, do autoritarismo, de elementos neofascistas, do anticomunismo, do negacionismo científico, do porte de armas, da rejeição aos direitos humanos e da aversão à esquerda política, bem como pelo culto à figura de Bolsonaro, frequentemente chamado de "mito".[15][18] O escritor Olavo de Carvalho é frequentemente citado como tendo sido o guru da ideologia bolsonarista.[19][20][21][22][23]

O bolsonarismo não é reconhecido como uma ideologia por apoiadores[24] — chamados pejorativamente por bolsominions — nem pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que define seu governo como "livre de amarras ideológicas".[25]

  1. Úrsula Passos (31 de outubro de 2018). «Conheça símbolos e gestos que marcaram a campanha de Bolsonaro». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de março de 2021 
  2. «Bolsonaro ensina criança a imitar arma com a mão». O Globo. 20 de julho de 2018. Consultado em 18 de março de 2021 
  3. «Bolsonaro defende golpe de 1964 e ditadura militar e a compara a seu governo». economia.uol.com.br. Consultado em 29 de julho de 2023 
  4. Andrade, Caio César Vioto de (20 de setembro de 2021). «Bolsonaro e a ditadura militar: semelhanças e diferenças». Estado da Arte (em inglês). Consultado em 29 de julho de 2023 
  5. «Discursos de Bolsonaro são coleção de tuítes temperada com messianismo - 01/01/2019 - Poder - Folha». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 29 de maio de 2023 
  6. Prado, Samantha (4 de novembro de 2022). «A consolidação da direita cristã». Le Monde Diplomatique. Consultado em 29 de julho de 2023 
  7. «Bolsonaro e o Cristianismo enquanto slogan». Época. 30 de janeiro de 2019. Consultado em 29 de maio de 2023 
  8. «Quem foi Olavo de Carvalho, considerado 'guru' do bolsonarismo». BBC News Brasil. 26 de janeiro de 2022. Consultado em 29 de julho de 2023 
  9. «Momentos críticos de Bolsonaro impulsionam retórica anticomunista nas redes sociais». Estadão. Consultado em 29 de julho de 2023 
  10. Prodweb. «Bolsonaro faz discurso anticomunista, ataca a imprensa e mente na ONU • notícias • plurale em site: ação, cidadania, ambiente». PLURALE. Consultado em 29 de julho de 2023 
  11. dos, Santos, Matheus Rodrigues (2021). «"Brasil acima de tudo, Deus acima de todos": uma análise dos usos do nacionalismo e patriotismo na candidatura presidencial de Jair Bolsonaro em 2018». Consultado em 29 de julho de 2023 
  12. «Bolsonaro adere ao check-list populista». Valor Econômico. 26 de dezembro de 2019. Consultado em 29 de maio de 2023 
  13. FARIA, Luiz Augusto Estrella (2020). Liberalismo, Bolsonarismo e Nazismo. FCE/UFRGS. Porto Alegre.
  14. CESARINO, Letícia (2019). Identidade e representação no bolsonarismo: corpo digital do rei, bivalência conservadorismo-neoliberalismo e pessoa fractal. Revista De Antropologia, 62(3), 530 - 557.
  15. a b Ribeiro, Guilherme. «Entre armas e púlpitos: a necropolítica do Bolsonarismo.». PPGGEO-UFRRJ. Continentes (em inglês) (16): 463-485. ISSN 2317-8825. Consultado em 17 de abril de 2021. Mito significa embaralhar infantilmente realidade e imaginação. Estar fora da história mas, ao mesmo tempo, deter poderes para nela intervir. Perder a noção de humanidade ao clamar por um super-homem apto a solucionar tudo aquilo visto como problema. O mito é um clamor delirante em nome da eliminação do outro e se porventura a tragédia da morte despontar no horizonte da vida e o tempo histórico reclamar seus direitos, a direita sempre poderá encontrar tanto a desculpa de que não imaginava que as coisas aconteceriam de tal forma quanto a de que a esquerda teria feito muito pior. Em síntese, o mito é o álibi impecável do autoritarismo. 
  16. Galinari, Tiago Nogueira (29 de agosto de 2019). «A "Guinada à direita" e a nova política externa brasileira». Caderno de Geografia (2): 190–211. ISSN 2318-2962. doi:10.5752/P.2318-2962.2019v29n2p190-211. Consultado em 17 de abril de 2021 
  17. Brasil em transe : Bolsonarismo, nova direita e desdemocratização. Rio de Janeiro: Oficina Raquel. 2019. OCLC 1112610937 
  18. Graieb, Carlos (29 de janeiro de 2021). «Prepare-se para falar de armas». ISTOÉ Independente. Consultado em 5 de maio de 2021 
  19. «Militares entram na mira de Olavo de Carvalho, 'guru' de Bolsonaro». Metro1. 18 de março de 2019. Consultado em 18 de março de 2019 
  20. «Guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho orienta alunos a deixarem governo». O Globo. 8 de março de 2019. Consultado em 18 de março de 2019 
  21. «Guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho chama parlamentares do PSL de semianalfabetos e caipiras». Estado de Minas. 17 de janeiro de 2019. Consultado em 18 de março de 2019 
  22. «Guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho reforça crítica ao Escola sem Partido: "Colocaram a carroça na frente dos bois"». GaúchaZH. 23 de novembro de 2018. Consultado em 18 de março de 2019 
  23. Valfré, Vinícius (9 de novembro de 2020). «Olavo de Carvalho já perdeu 250 financiadores desde a eleição de Bolsonaro». Estadão. Consultado em 5 de maio de 2021 
  24. «Silas Malafaia: "Não sou bolsominion"». VEJA. Consultado em 19 de maio de 2022 
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