Canto gregoriano

Antifonário com canto gregoriano.

Canto Gregoriano é o canto litúrgico próprio da Igreja Católica. É um gênero de música sacra cristã que tem suas raízes em tradições musicais judaicas de recitação salmódica. Tem seu início no cristianismo primitivo mas sua primeira grande estruturação e unificação se deu em meados do século VII com São Gregório Magno e veio a passar por outra grande estruturação, recuperação e revisão no século XIX pela Abadia de Solesmes. Sendo ainda hoje o canto próprio da Igreja Católica, seu repertório continua sendo executado na liturgia, sobretudo em missas e no ofício divino.[1][2]

É um canto monódico executado por uma schola cantorum em uníssono com eventuais trechos em solo e executado sem acompanhamento de instrumentos, daí o termo a capella. Não tendo um ritmo definido por uma batida, é de ritmo livre, não acompanhando pulsos de duração regular, mas a acentuação do texto.[3] Seus textos são todos em língua latina,[4] com exceção do Kyrie que é em grego e algumas palavras do hebraico como aleluia.

Por ser uma música do ritual católico romano tem seus textos predominantemente retirados da Bíblia, sobretudo do Livro de Salmos. Mas em seu repertório também encontra-se canções de autores como São Tomás de Aquino, Santa Hildegarda e até composições tardias com Henri Dumont.

  1. X, Pio (1903). «Tra le Sollicitude» (Página Web). Consultado em 14 de junho de 2021. Estas qualidades se encontram em grau sumo no canto gregoriano, que é por conseqüência o canto próprio da Igreja Romana, o único que ela herdou dos antigos Padres, que conservou cuidadosamente no decurso dos séculos em seus códigos litúrgicos 
  2. Soques, Fernando Martínez (1942). Método de Canto Gregoriano (em espanhol). Calle Ancha, Barcelona: Editorial Pedagógica 
  3. «Canto Gregoriano». Consultado em 14 de junho de 2021 
  4. Concílio Vaticano II: Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium. n. 54 e 116.

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