Cartago

 Nota: Este artigo é sobre a antiga cidade. Para outros significados, veja Cartago (desambiguação).
Sítio arqueológico de Cartago 

Tipo cultural
Critérios (ii)(iii)(vi)
Referência 37 en fr es
Região Estados Árabes
País Tunísia
Coordenadas 36° 51' 10" N 10° 19' 24" E
Histórico de inscrição
Inscrição 1979

Nome usado na lista do Património Mundial

  Região segundo a classificação pela UNESCO

Cartago (em árabe: قرطاج‎,; romaniz.: Qartaj; em berbere: Kartajen; em grego clássico: Καρχηδών; Karkhēdōn; em latim: Carthago ou Karthago; do fenício: 𐤒𐤓𐤕 𐤇𐤃𐤔𐤕; romaniz.: Qart-ḥadašt; "Nova Cidade") foi a capital da civilização cartaginesa, situada na margem oriental do lago de Túnis, onde hoje é a capital da Tunísia. Era o centro comercial mais importante do Mediterrâneo Antigo e uma das cidades mais ricas do mundo clássico.

A cidade desenvolveu-se a partir de uma colónia fenícia para a capital de um império púnico que dominou grande parte do sudoeste do Mediterrâneo durante o primeiro milénio a.C.[1] A lendária rainha Alyssa ou Dido é considerada a fundadora da cidade, embora sua historicidade tenha sido questionada. De acordo com os relatos de Timeu de Taormina, ela comprou de uma tribo local a quantidade de terra que poderia ser coberta por uma pele de boi.

A antiga cidade foi destruída pela República Romana na Terceira Guerra Púnica em 146 a.C. e depois reconstruída como a Cartago romana, que se tornou a principal cidade do Império Romano na província da África Proconsular. A cidade foi saqueada e destruída pelas forças omíadas após a Batalha de Cartago em 698 para evitar que fosse reconquistada pelo Império Bizantino.[2] Permaneceu ocupada durante o período muçulmano[3] e foi usada como forte pelos árabes até o haféssida, quando foi tomada pelos cruzados e seus habitantes foram massacrados durante a Oitava Cruzada. Os haféssida decidiram destruir as defesas da cidade para que ela não pudesse ser usada como base por uma potência hostil novamente.[3] Também continuou a funcionar como sé episcopal.

O poder regional mudou para Cairuão e a Almedina de Tunes no período medieval, até ao início do século XX, quando se começou a desenvolver o subúrbio costeiro de Túnis, incorporado como município de Cartago em 1919. O sítio arqueológico foi pesquisado pela primeira vez em 1830 pelo cônsul dinamarquês Christian Tuxen Falbe. As escavações foram realizadas na segunda metade do século XIX por Charles Ernest Beulé e por Alfred Louis Delattre. O Museu Nacional de Cartago foi fundado em 1875 pelo cardeal Charles Lavigerie. Escavações realizadas por arqueólogos franceses na década de 1920 atraíram uma quantidade extraordinária de atenção por causa das evidências que apontavam para o sacrifício de crianças. No entanto, esta não tem sido uma matéria consensual entre os estudiosos.[4][5] O Museu Paleo-Cristão de Cartago ao ar livre tem exposições escavadas sob os auspícios da UNESCO de 1975 a 1984.

  1. Hitchner, R.; R. Talbert; S. Gillies; J. Åhlfeldt; R. Warner; J. Becker; T. Elliott. «Places: 314921 (Carthago)». Pleiades. Consultado em 7 de abril de 2013 
  2. Bosworth, C. Edmund (2008). Historic Cities of the Islamic World. [S.l.]: Brill Academic Press. p. 536. ISBN 978-9004153882 
  3. a b Anna Leone (2007). Changing Townscapes in North Africa from Late Antiquity to the Arab Conquest. Edipuglia srl. [S.l.: s.n.] pp. 179–186. ISBN 9788872284988 
  4. Skeletal Remains from Punic Carthage Do Not Support Systematic Sacrifice of Infants
  5. Ancient Carthaginians really did sacrifice their children. University of Oxford News

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