Conquista de Damasco (1918)

 Nota: Para outros significados, veja Cerco de Damasco.
Conquista de Damasco
Primeira Guerra Mundial
Teatro do Médio Oriente

Uma praça de Damasco em 1918
Data 26 de setembro1 de outubro de 1918
Local Damasco
Coordenadas 33° 30' N 36° 16' E
Desfecho Vitória dos Aliados
Beligerantes
 Império Britânico

     Índia

     Austrália

     Nova Zelândia

França França

 Xarife de Meca

 Hejaz

 Império Otomano

 Império Alemão

Comandantes
Império Britânico Edmund Allenby

Império Britânico Edward Bulfin

Austrália Harry Chauvel

Reino do Hejaz Faiçal

Império Alemão Liman von Sanders

Império Otomano Mustafa Kemal

Império Otomano Cevat Paxá

Império Alemão Oberst von Oppen

Unidades
Corpo Montado do Deserto

Corpo XX

Corpo XXI

Força xarifal do Príncipe Faiçal

O que restava do Grupo de Exércitos Yıldırım:

    Quarto Exército

    Sétimo Exército

    Oitavo Exército

    Corpo da Ásia (alemão)

A conquista de Damasco pelos Aliados teve lugar entre 26 de setembro e 1 de outubro de 1918, no âmbito do teatro de operações do Médio Oriente da Primeira Guerra Mundial. Como o resto da Síria e Palestina, Damasco era uma cidade do Império Otomano. A tomada da cidade pelos Aliados ocorreu na sequência da batalha de Megido, da conquista de Haifa e da vitória na batalha de Samakh, que abriram caminho para norte desde o mar da Galileia, e do terceiro ataque transjordano, que abriu caminho para Dara (Deraa).

Damasco foi capturada quando o Corpo Montado do Deserto (Desert Mounted Corps) britânico e o exército xarifal do Hejaz do príncipe Faiçal cercaram a cidade, depois de uma perseguição a cavalo em direção a norte ao longo das duas estradas principais para Damasco. Durante essa perseguição, foram atacados e capturados muitos postos de defesa da retaguarda estabelecidos pelo que restava do 4.º, 7.º e 8.º exércitos otomanos. O êxito militar em Damasco foi explorado politicamente por representantes da França, Reino Unido e da Revolta Árabe.

A seguir às vitórias nas batalhas de de Sarom e de Nablus (parte da batalha de Megido), em 25 de setembro, os ataques combinados realizados pelo Corpo XX, Corpo XXI e Corpo Montado do Deserto, apoiados por intensos bombardeamentos aéreos, tomaram todos os objetivos. Os 7.º e 8.º exércitos otomanos posicionados nos montes da Judeia foram forçados a parar de combater e a retirar devido aos ataques em Tulcarém e em Tabsor. Isso, por sua vez, obrigou o 4.º Exército, posicionado a leste do rio Jordão, retirasse de Amã, onde decorria o terceiro ataque transjordano, para evitar ser flanqueado, o que não evitou que fosse atacado pela Força de Chaytor (a unidade do general neozelandez Chaytor). Em consequência destas retiradas, os Aliados capturaram numerosos prisioneiros em Jenin, enquanto as colunas sobreviventes retiravam atrás de uma forte retaguarda dos combates de Samakh.

O comandante da Força Expedicionária Egípcia (EEF), o general Edmund Allenby, ordenou ao tenente-general Harry Chauvel, comandante do Corpo Montado do Deserto, que perseguisse o que restava dos três exércitos otomanos e capturasse Damasco. A 4.ª Divisão de Cavalaria iniciou a perseguição, atacando as retaguardas ao longo da estrada interior em Irbid e em Ar Ramtha (Er Remta) a 26 de setembro. No dia seguinte, o príncipe Faiçal capturou Dara. A Divisão Montada Australiana atacou as retaguardas inimigas ao longo da estrada principal, em Jisr Benat Yakub (Ponte das filhas de Jacó), a 27 de setembro, e ocupou Quneitra no dia seguinte. A mesma unidade atacou em Sa'sa' nos dias 29 e 30, em Kaukab no dia 30 e no desfiladeiro de Barada no mesmo dia. Ainda no dia 30, a 5.ª Divisão de Cavalaria atacou uma retaguarda em em Kiswe (al-Kiswa). Na sequência destes ataques e avanços vitoriosos, foi ordenado à 3.ª Brigada de Cavalaria Ligeira que marchasse para norte de Damasco, passando pela cidade na manhã de 1 de outubro e continuando a atacar as colunas em retirada, cortando a estrada para Homs.


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