Crise da Crimeia de 2014

Crise da Crimeia de 2014
Crise Ucraniana e Guerra Russo-Ucraniana

Localização da Crimeia na Ucrânia (em verde escuro) e Rússia na Europa (em rosa)
  Crimeia (incluindo Sevastopol)
  Restante da Ucrânia
Data 23 de fevereiro – 28 de março de 2014[1]
Local Crimeia, Ucrânia
Desfecho Tropas russas ocupam regiões chave da Crimeia;
Referendo popular aprova a anexação da Crimeia pela Rússia, apesar da rejeição da Comunidade Internacional
Beligerantes
Rússia
Pró-russos

 Crimeia

Sevastopol
Rússia Militantes pró-Rússia


 Rússia[2]
Ucrânia
Pró-ucranianos

 Ucrânia
Tártaros da Crimeia[3]
Comandantes
Crimeia Sergey Aksyonov
Crimeia Rustam Temirgaliev
Crimeia Volodymyr Konstantinov
Crimeia Denis Berezovsky
Aleksei Chalyi
Rússia Vladimir Putin
Rússia Sergei Shoigu
Rússia Aleksandr Vitko
Ucrânia Oleksandr Turchynov
Ucrânia Arseniy Yatsenyuk
Ucrânia Arsen Avakov
Ucrânia Valentyn Nalyvaichenko
Ucrânia Serhiy Kunitsyn
Ucrânia Serhiy Hayduk
Mustafa Dzhemilev
Refat Chubarov

Crise da Crimeia de 2014 foi uma crise político-institucional ocorrida na sequência da revolução ucraniana de 2014, em que o governo do presidente Viktor Yanukovych foi deposto. Trata-se de protestos de milhares[4] de pessoas russas étnicas que se opuseram aos eventos em Kiev e reivindicam laços estreitos ou a integração com a Rússia, além de autonomia expandida ou possível independência da Crimeia.[5] Outros grupos, incluindo os tártaros da Crimeia, têm protestado em apoio a revolução.[6]

Adversários armados das novas autoridades de Kiev (os chamados "Homenzinhos Verdes") tomaram uma série de edifícios importantes na Crimeia, incluindo o edifício do parlamento e dois aeroportos.[7][8] Kiev acusou a Rússia de intervir nos assuntos internos da Ucrânia, enquanto o lado russo negou oficialmente tais alegações.[9] Sob cerco, o Conselho Supremo da Crimeia indeferiu o governo da república autônoma e substituiu o presidente do Conselho de Ministros da Crimeia, Anatolii Mohyliov por Sergey Aksyonov.[10]

As tropas russas estacionadas na Crimeia em acordo bilateral foram reforçadas e dois navios da Frota do Báltico da Rússia violaram as águas ucranianas.[11][12]

Em 1 de março, o parlamento russo concedeu ao presidente Vladimir Putin a autoridade para usar a força militar na Ucrânia,[13] na sequência de um pedido de ajuda não-oficial do líder pró-Moscou, Sergey Aksyonov.[13][14] Os Estados Unidos e seus aliados condenaram uma intervenção russa na Crimeia, incentivando a Rússia a retirar-se.[15]

Múltiplos interesses estão direcionados na invasão da Crimeia, sendo elas por parte da Rússia pela extensão de gasodutos e a base militar da Crimeia, cuja localização entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro é estratégica.[16]

  1. (em russo) "«Вежливые люди» в Крыму: как это было". Página acessada em 3 de agosto de 2014.
  2. «Ukraine crisis live: President Barack Obama warns of 'costs' for any violation of Ukraine». Telegraph. Consultado em 1 de março de 2014 
  3. «BBC News – Ukraine Crimea: Rival rallies confront one another». Bbc.com. 1 de janeiro de 1970. Consultado em 1 de março de 2014 
  4. «Pro EU Rally in Kiev, Pro Government Rally in Donetsk». The World Repoter. 26 de fevereiro de 2014 
  5. «Ukraine's Crimea: a hotbed of Russia-bound separatism». Euronews. 26 de fevereiro de 2014 
  6. «Ukraine Crimea: Rival rallies confront one another». BBC News. 26 de março de 2014 
  7. «Gunmen Seize Government Buildings in Crimea». The New York Times. 27 de fevereiro de 2014 
  8. «Armed men seize two airports in Ukraine's Crimea, Yanukovich reappears». Reuters. 1 de março de 2014 
  9. Alissa de Carbonnel; Alessandra Prentice (28 de fevereiro de 2014). «Armed men seize two airports in Ukraine's Crimea, Yanukovich reappears». Reuters 
  10. [1] Crimean parliament dismisses autonomous republic's government Feb. 27, 2014
  11. «Two Russian warships seen off Ukraine coast, violate agreement: Interfax». Reuters. Consultado em 2 de março de 2014 
  12. «Russian helicopters fly over Crimea - Ukraine border guards | Reuters». Uk.reuters.com. 9 de fevereiro de 2009. Consultado em 2 de março de 2014 
  13. a b «Kremlin Clears Way for Force in Ukraine; Separatist Split Feared». New York Times. 1 de março de 2014. Consultado em 1 de março de 2014 
  14. Ukraine crisis: Crimea leader appeals to Putin for help BBC
  15. «Kerry condena ato de agressão na Ucrânia e ameaça Rússia». Terra 
  16. «Saiba mais sobre a crise entre Ucrânia e Rússia - 01/03/2014 - Mundo». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de março de 2021 

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