Esparta

 Nota: Para o município atual, veja Esparta (cidade moderna). Para outros significados, veja Esparta (desambiguação).



Esparta

Cidade-Estado


900 a.C. – 192 a.C.
 

Bandeira de Esparta

Bandeira
Localização de Esparta
Localização de Esparta
Mapa do território de Esparta e da Liga do Peloponeso (em vermelho), durante o período da Guerra do Peloponeso contra Atenas e a Liga de Delos.
Continente Europa
Capital Esparta
Língua oficial Grego dórico
Religião Politeísmo grego
Governo Monarquia diárquica
Rei Ver lista
História
 • 900 a.C. Fundação
 • 685–668 a.C. Guerra Messênia
 • 480 a.C. Batalha das Termópilas
 • 431–404 a.C. Guerra do Peloponeso
 • 362 a.C. Batalha de Mantineia
 • 192 a.C. Anexação pela Liga Aqueia
População
 • 500 a.C. est. 35 000 cidadãos[1] 

Esparta (em grego dórico: Σπάρτα, Spártā; em grego ático: Σπάρτη, Spártē) ou Lacedemônia (português brasileiro) ou Lacedemónia (português europeu) (Λακεδαίμων, Lakedaímōn) foi uma proeminente pólis (cidade-Estado) da Grécia Antiga, situada nas margens do rio Eurotas, na Lacônia, sudeste do Peloponeso.[2] Ela surgiu como uma entidade política em torno do século X a.C., quando os invasores dórios subjugaram a população local. Por volta de 650 a.C., a cidade passou a se tornar o poder terrestre militar dominante na Grécia Antiga.

Dada a sua preeminência militarista, Esparta era reconhecida como a líder de todas as forças gregas combinadas durante as Guerras Greco-Persas.[3] Entre 431 e 404 a.C., a cidade foi o principal inimigo de Atenas durante a Guerra do Peloponeso,[4] conflito do qual Esparta saiu vitoriosa junto com sua Liga do Peloponeso, embora por um grande custo. A derrota de Esparta por Tebas na Batalha de Leuctra em 371 a.C. acabou com o papel proeminente de Esparta na região e iniciou o período da hegemonia tebana. No entanto, ela manteve a sua independência política até a conquista romana da Grécia em 146 a.C.. Em seguida, a cidade passou por um longo período de declínio, especialmente durante a Idade Média, quando muitos espartanos mudaram-se para viver em Mistras. A Esparta Moderna é a capital da unidade regional da Lacônia, na Grécia contemporânea, e um centro para produtos como frutas cítricas e azeitonas.

A cidade era única na Grécia Antiga por conta de seu sistema social e constituição, que eram completamente focados no treinamento militar de excelência. Seus habitantes eram classificados como esparciatas (cidadãos espartanos, que gozavam de plenos direitos), periecos (libertos) e hilotas (servos estatais, população local não espartana escravizada). Os esparciatas realizavam o agōgē, um rigoroso regime de treinamento e educação, sendo que as falanges espartanas eram amplamente consideradas entre as melhores no campo de batalha. As mulheres espartanas tinham consideravelmente mais direitos e igualdade em relação aos homens do que em outras partes do mundo clássico.

Esparta foi objeto de fascínio em sua própria época, assim como no Ocidente após o Renascimento da cultura clássica. Este amor ou admiração de Esparta é conhecido como laconismo ou laconofilia. No seu auge, por volta de 500 a.C., o tamanho da cidade teria sido de cerca de 20 mil a 35 mil habitantes livres, além dos inúmeros periecos e hilotas. Com entre 40 mil e 50 mil habitantes, seria uma das maiores cidades-Estado gregas;[5][6] no entanto, de acordo com Tucídides, a população de Atenas em 431 a.C. era de 360 a 610 mil habitantes, o que torna improvável que Atenas fosse menor do que Esparta durante o século V a.C..[7]

  1. Morris, Ian (Dezembro de 2005), The growth of Greek cities in the first millennium BC. v.1 (PDF), Princeton/Stanford Working Papers in Classics, cópia arquivada (PDF) em 9 de outubro de 2022 
  2. Cartledge 2002, p. 91
  3. Cartledge 2002, p. 174
  4. Cartledge 2002, p. 192
  5. Morris, Ian (Dezembro de 2005), The growth of Greek cities in the first millennium BC. v.1 (PDF), Princeton/Stanford Working Papers in Classics 
  6. Once Again: Studies in the Ancient Greek Polis. Acessado em 12 de novembro de 2014.
  7. Wilson, Nigel Guy, ed. (2006). Encyclopedia Of Ancient Greece. [S.l.]: Routledge (UK). pp. 214–215. ISBN 0-415-97334-1 

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