Especifismo

 Nota: Não confundir com Plataformismo (Corrente anarquista associada ao periódico Dielo Truda).

O Especifismo é uma corrente do movimento anarquista comunista de origem uruguaia que hoje influencia diversas organizações do continente americano.[1][2] Surgiu como uma elaboração da questão organizacional dentro do anarquismo,[3] e tem como pilares a construção de uma organização específica anarquista,[4] a inserção de anarquistas dentro de movimentos sociais e a unidade ideológica e prática dentro da organização. O especifismo foi inicialmente elaborado pela Federação Anarquista Uruguaia na segunda metade do século 20, no período ditatorial civil-militar.[1][5] Atualmente, é a linha seguida por diversas organizações internacionais anarquistas, como a Black Rose Anarchist Federation nos EUA,[6] a Zabalaza Anarchist Communist Front na África do Sul[7] e a Federación Anarquista de Rosario na Argentina, além de influenciar organizações como a Union communiste libertaire na França e a Die plattform na Alemanha em termos de teoria e prática. No Brasil, é a linha difundida pela Coordenação Anarquista Brasileira[8] e todas suas organizações membros; A Federação Anarquista do Rio de Janeiro[9] e a Federação Anarquista Gaúcha adotaram o especifismo desde sua fundação.[10]

  1. a b Rugai, Ricardo Ramos. «O Anarquismo e a questão do partido: uma reflexão a partir dos referenciais históricos da Federação Anarquista Uruguaia». Anpuh-SP. Anais eletrônicos do XXII Encontro Estadual de História da Anpuh-SP 
  2. Weaver, Adam (19 de julho de 2009). «Especifismo: The anarchist praxis of building popular movements and revolutionary organization in South America» [Especifismo: A praxis anarquista para a construção de movimentos populares e da organização revolucionária na América do Sul]. Libcom.org (em inglês). Consultado em 22 de novembro de 2021 
  3. «A Estratégia do Especifismo». Anarkismo.net. 12 de setembro de 2009. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  4. Corrêa, Felipe (2007). Anarquismo Especifista. [S.l.: s.n.] 
  5. Uruguaya, Federación Anarquista (2009) [1972]. Huerta Grande: a importância da teoria. Rio de Janeiro: Faísca 
  6. O'Malley, Colin (2014). «Building a Revolutionary Anarchism» [Construindo o Anarquismo Revolucionário]. Institute for Anarchist Studies. Perspectives on Anarchist Theory (em inglês) (27) 
  7. Pendlebury, James; Schimdt, Michael; Anarchist Communist Front, Zabalaza (4 de abril de 2009). «Tangled Threads of Revolution: Reflections on the FdCA's "Anarchist Communists: a Question of Class"». The Anarchist Library (em inglês). Consultado em 22 de novembro de 2021 
  8. Anarquista, CAB (3 de novembro de 2021). «CONCAB marca nova etapa do anarquismo especifista no Brasil». Coordenação Anarquista Brasileira: Lutar, Criar, Poder Popular!. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  9. Payn, Johnathan (1 de agosto de 2021). «FARJ entrevistada». FARJ.org. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  10. Pimentel, Pimentel (10 de novembro de 2017). «Entrevista: Federação Anarquista Gaúcha». El Coyote. Consultado em 22 de novembro de 2021 

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search