Estoicismo

Zenão de Cítio, fundador do estoicismo, em escultura da Coleção Farnese, fotografada por Paolo Monti em 1969.

O estoicismo é uma escola de filosofia helenística que floresceu na Grécia Antiga e na Roma Antiga.[1] Os estoicos acreditavam que a prática da virtude era suficiente para alcançar a eudaimonia: uma vida bem vivida. Os estoicos identificaram o caminho para alcançá-lo com uma vida praticando as quatro virtudes na vida quotidiana: sabedoria, coragem, temperança ou moderação, e justiça, e vivendo de acordo com a natureza. Foi fundada na antiga Ágora de Atenas por Zenão de Cítio por volta de 300 a.C..

Ao lado da ética de Aristóteles, a tradição estoica constitui uma das principais abordagens fundadoras da ética das virtudes.[2] Os estoicos são especialmente conhecidos por ensinar que “a virtude é o único bem” para os seres humanos, e que as coisas externas, como a saúde, a riqueza e o prazer, não são boas ou más em si mesmas (adiáfora), mas têm valor como “material para a virtude agir sobre”. Muitos estoicos - como Séneca e Epicteto - enfatizaram que, como "a virtude é suficiente para a felicidade", um sábio seria emocionalmente resiliente ao infortúnio. Os estoicos também sustentavam que certas emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento e acreditavam que as pessoas deveriam ter como objetivo manter uma vontade (chamada prohairesis) que estivesse "de acordo com a natureza". Por causa disso, os estoicos pensavam que a melhor indicação da filosofia de um indivíduo não era o que a pessoa dizia, mas como a pessoa se comportava.[3] Para viver uma vida boa, era preciso compreender as regras da ordem natural, pois acreditavam que tudo estava enraizado na natureza.

O estoicismo floresceu em todo o mundo romano e grego até o século III d.C. e entre os seus adeptos estava o imperador Marco Aurélio. O estoicismo experienciou um declínio depois do Cristianismo se ter tornado a religião oficial no século 4 d.C. Desde então, viu renascimento, nomeadamente na Renascença (Neostoicismo) e na era contemporânea (Estoicismo moderno).[4]

  1. Jason Lewis Saunders. «Stoicism». Britannica. Consultado em 2 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 28 de junho de 2023 
  2. Sharpe, Matthew, Stoic Virtue Ethics Arquivado em 13 novembro 2018 no Wayback Machine, Handbook of Virtue Ethics, 2013, 28–41
  3. John Sellars. Stoicism, 2006, p. 32.
  4. Becker, Lawrence C. (2001). A New Stoicism. Princeton: Princeton University Press. ISBN 978-1400822447. Consultado em 10 de agosto de 2017. Cópia arquivada em 8 de julho de 2023 

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