Friedrich Nietzsche | |
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Nietzsche em 1875. | |
Escola/Tradição | Filosofia continental, Nietzscheanismo |
Data de nascimento | 15 de outubro de 1844 |
Local | Röcken, Saxônia, Reino da Prússia |
Morte | 25 de agosto de 1900 (55 anos) |
Local | Weimar, Saxônia |
Principais interesses | Epistemologia, Ética, Ontologia, Filosofia da história, Psicologia |
Religião | nenhuma (ateísmo) |
Ideias notáveis | Morte de Deus, Vontade de Poder, Eterno retorno, Super-Homem, Perspectivismo, Apolíneo e Dionisíaco |
Trabalhos notáveis | Assim Falou Zaratustra |
Era | Filosofia contemporânea |
Influências | Heráclito, Epicuro, Platão, Montaigne, Pascal, Dostoiévski, Spinoza, Goethe, Schiller, Stirner, Schopenhauer, Heine, Emerson, Wagner |
Influenciados | |
Alma mater | Universidade de Bonn Universidade de Leipzig |
Assinatura |
Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, Reino da Prússia, 15 de outubro de 1844 – Weimar, Império Alemão, 25 de agosto de 1900) foi um filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX, nascido na atual Alemanha.[1] Escreveu vários textos criticando a religião, a moral, a cultura contemporânea, a filosofia e a ciência, exibindo certa predileção por metáfora, ironia e aforismo.
Suas ideias-chave incluíam a dicotomia apolíneo/dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder, a morte de Deus, o Übermensch e o eterno retorno. Sua filosofia central é a "afirmação da vida", que envolve o questionamento de qualquer doutrina que drene energias expansivas, não importando o quão histórica e socialmente predominantes sejam essas ideias.[2] Seu questionamento radical do valor e da objetividade da verdade tem sido extremamente debatido e sua influência continua a ser substancial, especialmente na tradição filosófica continental compreendendo existencialismo, pós-modernismo e pós-estruturalismo. Suas ideias de superação individual e transcendência tiveram um impacto profundo sobre diversos pensadores entre o final do século XIX e o início do século XX, que usaram tais conceitos como pontos de partida para suas próprias filosofias.[3][4] Recentemente, as reflexões de Nietzsche foram recebidas em várias abordagens filosóficas que se movem além do humanismo (por exemplo, o transumanismo).
Nietzsche começou sua carreira como filólogo clássico — um estudioso da crítica textual grega e romana — antes de se voltar para a filosofia. Em 1869, aos vinte e quatro anos, foi nomeado para a cadeira de Filologia Clássica na Universidade de Basileia, a pessoa mais jovem a ter alcançado esta posição.[5] Em 1889, com quarenta e quatro anos de idade, sofreu um colapso mental. O incidente foi posteriormente atribuído à paresia geral atípica devido à sífilis terciária, mas esse diagnóstico tem sido enfrentado pelos leitores e estudiosos da obra de Nietzsche.[6] Nietzsche viveu seus últimos anos sob os cuidados de sua mãe até a morte dela em 1897. Depois, caiu sob os cuidados de sua irmã, Elisabeth Förster-Nietzsche, até morrer em 1900.
Como sua cuidadora, sua irmã assumiu o papel de curadora e editora de seus manuscritos. Elizabeth era casada com um proeminente nacionalista e antissemita alemão, Bernhard Förster, e retrabalhou escritos inéditos de Nietzsche para adequá-los à ideologia de seu marido de maneira contrária às opiniões expressas por seu irmão, que estavam forte e explicitamente opostas ao antissemitismo e ao nacionalismo. Através das edições de Förster-Nietzsche, o nome de Friedrich tornou-se associado ao militarismo alemão e ao nazismo, mas, desde o século XX, analistas literários vêm tentando neutralizar esse equívoco das ideias de Nietzsche.[7]
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