Guerra Imjin

Guerra Imjin

Exército japonês desembarcando em Busan.
Data 1592-1598
Local Península Coreana
Desfecho Vitória chinesa e coreana.
Expulsão dos japoneses da Península Coreana.
Beligerantes
Japão. Coreia
China
Jurchen Jianzhou
Comandantes
Toyotomi Hideyoshi
Katō Kiyomasa
Konishi Yukinaga
Kuroda Nagamasa
Tōdō Takatora
Katō Yoshiaki
Mōri Terumoto
Ukita Hideie
Kuki Yoshitaka
Sō Yoshitoshi
Kobayakawa Takakage
Wakizaka Yasuharu
Shimazu Yoshihiro
Kurushima Michifusa
Rei Seonjo
Príncipe Gwanghae
Yi Sun-sin
Gwon Yul
Yu Seong-ryong
Yi Eok-gi
Won Gyun
Kim Myeong-won
Yi Il
Sin Rip
Gwak Jae-u
Kim Si-min
China:
Imperador Wanli
Li Rusong
Li Rubai
Ma Gui
Qian Shi-zhen
Ren Ziqiang
Yang Yuan
Zhang Shijue
Chen Lin
Forças
Exército Japonês: 1°ataque(1592-1593) 160 000~235 000
2°ataque(1597-1598) 140 000+
Exército Coreano: 84 500 (no início da guerra) Pelo menos 22 600 voluntários coreanos ou insurgentes.
Exército Chinês: 1°ataque (1592-1593) 43 000+[1]
2°ataque (1597-1598) 100 000[2]
Baixas
Japão: 130 000 militares Coreia: 300 000 militares[3]
China: 30 000 militares[4][5]
O total de vítimas civis e militares é estimado em

1 000 000

A Guerra Imjin foi um conflito armado travado entre 1592 e 1598 na qual se envolveram três países asiáticos: Japão, China e Coreia. O regente japonês Toyotomi Hideyoshi,[6] um dos "grandes pacificadores do Japão",[7] decidiu conquistar a China,[8] e solicitou a assistência da dinastia Joseon, assim como livre trânsito através da Península Coreana.[9] Uma vez que a Coreia era um país vassalo da dinastia Ming, tal pedido foi rejeitado. Hideyoshi, então, começou a preparar as tropas e convocou daimyō (senhores feudais) distintos para a invasão do país, que foi iniciada em 1592.[10]

Depois de um rápido e eficaz avanço das tropas japonesas pelo território coreano, a campanha naval do Almirante Yi cortou o fornecimento de recursos para os invasores, obrigando-os a parar seu avanço. A milícia coreana, junto com a intervenção do exército chinês, obrigou o governo japonês a iniciar relações de paz com a China em 1593. Após os pedidos de Hideyoshi terem sido negados, a guerra entrou em uma nova fase em 1597, quando se retomaram as hostilidades.[11] O confronto terminou em 1598 com a retirada total das tropas invasoras seguinte a morte de Hideyoshi.[12]

Ainda que geralmente sejam consideradas como duas invasões isoladas, na verdade houve presença japonesa durante o período entre as invasões, fazendo com que alguns historiadores considerem o conflito como uma só guerra.[13]

Este acontecimento foi o primeiro na Ásia a utilizar exércitos com números elevados de soldados portando armas modernas[14] e representou um dano severo para a Coreia. Este país sofreu a perda de 66% de suas terras cultiváveis[15] e a extração forçada de artesões e acadêmicos ao Japão, levando ao desenvolvimento da ciência naquele país.[16] Outra perda importante aconteceu no aspecto histórico e cultural, uma vez que muitos registros foram queimados junto com vários palácios imperiais em Seul. China viu exauridas as suas finanças e, como consequência, a dinastia Ming ficou significativamente debilitada. Isto facilitaria a ascensão ao poder da dinastia Qing.[17]

Este conflito é conhecido por vários nomes, entre eles: "Invasões de Hideyoshi à Coreia", "Guerra dos Sete Anos", "Invasões Japonesas na Coreia" ou "Guerra Renchen para defender a Nação". O enfrentamento recebe este último título, assim como Guerra Imjin, por ter acontecido durante o ano conhecido como "Renchen" ou "Imjin" do ciclo sexagenário na China e na Coreia, respectivamente.

  1. Turnbull 2002, p. 140
  2. Turnbull 2002, p. 217
  3. White, Matthew. «Selected Death Tolls for Wars, Massacres and Atrocities Before the 20th Century» (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2009 
  4. Turnbull 2002, p. 221
  5. Turnbull 2002, p. 230
  6. Devido a sua origem humilde, Hideyoshi nunca pôde ser nomeado shōgun e, por sua vez, teve que se conformar com o título menor de kanpaku (regente).
  7. Segundo a tradição, existiram "Três grandes unificadores do Japão": Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu.
  8. Turnbull 2002, p. 30
  9. Turnbull 2002, p. 37-38
  10. Turnbull 2002, p. 48
  11. Turnbull 2002, p. 182
  12. Turnbull 2002, p. 226
  13. Turnbull 2002, p. 8
  14. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome SWOPE13
  15. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome prime minister
  16. Kim 1998, p. 55
  17. Strauss 2005, p. 21

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