Guerras romano-partas

Guerras romano-partas
Guerras romano-persas

Localização da Pártia, em amarelo, ao lado do Império Selêucida (em verde) e da República Romana (vermelho), por volta de 200 a.C.
Data 66 a.C.217 d.C.
Local Sudeste da Anatólia, Armênia, fronteira sudeste do Império Romano (Osroena, Síria, Mesopotâmia)
Desfecho Impasse
Mudanças territoriais Aquisição romana do norte da Mesopotâmia, até as áreas em torno de Nísibis e Singara
Beligerantes
República Romana, sucedida pelo Império Romano e seus estados-clientes Império Parta e seus clientes
Comandantes
Lúculo,
Pompeu,
Crasso,
Marco Antônio,
Públio Ventídio Basso
Cneu Domício Córbulo
Trajano,
Estácio Prisco
Avídio Cássio
Septímio Severo
Júlia Domna
Fraates III,
Surena,
Fraates IV
Artabano II
Vologases I
Osroes I
Vologases IV

As guerras romano-partas (66 a.C. - 217 d.C.) foram uma série de conflitos bélicos entre o Império Parta e os antigos romanos. Foi a primeira de uma série de conflitos do que seriam 719 anos de guerras romano-persas.

As primeiras incursões da República Romana contra a Pártia foram repelidas, destacadamente na Batalha de Carras (53 a.C.). Durante a guerra civil dos liberatores, no século I d.C., os partas apoiaram de maneira ativa a facção de Bruto e Cássio, invadindo a Síria e conquistando territórios no Levante. No entanto, a conclusão da segunda guerra civil romana trouxe um ressurgimento da força romana na Ásia Ocidental.[1]

Em 113 d.C. o imperador romano Trajano fez conquistas no Oriente, e a derrota tornou-se uma prioridade estratégica,[2] conquistando com sucesso a capital parta, Ctesifonte, onde instaurou Partamaspates como seu rei-cliente. Adriano, sucessor de Trajano, no entanto, reverteu a política de seu antecessor, visando restabelecer o rio Eufrates como o limite do controle romano. No segundo século d.C. a guerra contra a Armênia eclodiu novamente, e, em 161, Vologases derrotou ali os romanos. Um contra-ataque romano sob o comando de Estácio Prisco derrotou os partas na Armênia e colocou no poder ali um candidato pró-romano; seguiu-se uma invasão da Mesopotâmia que culminou com o saque de Ctesifonte, em 165.

Em 195, outra invasão romana da Mesopotâmia foi iniciada, sob o comando do imperador Septímio Severo, que ocupou Selêucia e Babilônia, saqueando novamente Ctesifonte em 197. A Pártia acabou por ser derrotada, não pelos romanos, mas sim pelos sassânidas, liderados por Artaxes I, que entrou vitorioso em Ctesifonte em 226. Sob Ardasher e seus sucessores, o conflito romano-persa continuou, entre o Império Sassânida e Roma.

  1. Bivar (1968), 57
  2. Lightfoot (1990), 115: "Trajan succeeded in acquiring territory in these lands with a view to annexation, something which had not seriously been attempted before [...] Although Hadrian abandoned all of Trajan's conquests [...] the trend was not to be reversed. Further wars of annexation followed under Lucius Verus and Septimius Severus."; Sicker (2000), 167–168

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