Guerras romano-persas

Guerras romano-persas

O Império Romano e os seus vizinhos no século II.
Data 92 a.C.628 d.C.
Local Mesopotâmia, Transcaucásia, Atropatene, Ásia Menor, Síria, Bálcãs, Palestina, Egito
Desfecho Status quo ante bellum
Beligerantes
República Romana
Império Romano
Império Bizantino
Império Parta
Império Sassânida
Comandantes
Luculo
Pompeu
Crasso
Marco António
Ventídio
Córbulo
Trajano
Avídio
Estácio
Sétimo Severo
Caracala
Macrino
Alexandre Severo
Timesiteu
Gordiano III
Valeriano
Balista
Macriano Maior
Odenato
Caro
Galério
Galério II
Juliano, o Apóstata
Dagalaifo
Nevita
Joviano
Ardabúrio
Hipácio
Patrício
Areobindo
Céler
Vitaliano
Belisário
Buzes
Cutzes
Hermógenes
Faras
Sitas
Gabalas IV
Flávio Aretas
João Troglita
Degisteu
Bessas
Marciano
Justiniano
Alamúndaro III
Maurício
João Mistacão
Filípico
Comencíolo
Narses
Germano
Domencíolo
Prisco
Heráclio
Teodoro
Ziebel
Sate
Fraates III
Surena
Pácoro I
Quinto Labieno
Artabano II
Vologases I
Vologases IV
Artaxer I
Sapor I
Narses
Sapor II
Narses
Vararanes V
Narses
Isdigerdes II
Cavades I
Perozes
Mermeroes
Aspebedes
Adergudunbades
Azaretes
Cosroes I
Alamúndaro IV
Corianes
Tamcosroes
Adarmanes
Varaz Vezur
Mabodes
Cardarigano
Vararanes V
Zatsparam
Cosroes II
Sarbaro
Cardarigano
Saíno
Sarablangas
Razates

As guerras romano-persas foram uma série de conflitos militares entre o Estado romano e os sucessivos impérios iranianos: a Pártia e a Sassânia. A Pérsia, como um grande desenvolvimento cultural e militar, tornou-se um inimigo de Roma e manteve-se como tal por vários séculos. Os romanos viram nos persas uma potência semelhante a si, e os grandes reis de Ctesifonte viam-os da mesma forma. Os persas já há muito tempo denominam seus soberanos como "grande rei", o que lhes atribui uma grandeza similar à de augusto no Império Romano.[1]

As hostilidades entre estas potências iniciaram-se em 92 a.C. e prolongaram-se por séculos até serem concluídas com as invasões árabes muçulmanas, que atingiram os impérios Sassânida e Bizantino com efeito devastador logo após o fim do último conflito entre eles. Embora a guerra entre os romanos e partas/sassânidas tenha durado sete séculos, a fronteira permaneceu aproximadamente estável. Um jogo de cabo de guerra se seguiu: cidades, fortificações e províncias foram continuamente saqueadas, capturadas, destruídas e trocadas. Nenhum dos lados tinha força logística ou mão de obra para manter longas campanhas longe de suas fronteiras e, portando, nem poderiam avançar muito longe sem arriscar esticá-las muito tenuemente. Ambos os lados fizeram conquistas além da fronteira, mas com o tempo o equilíbrio foi quase sempre restaurado. A linha do impasse deslocou-se no século II: originalmente percorrendo a norte do Eufrates, neste período foi deslocada para leste e mais tarde para nordeste através da Mesopotâmia para o norte do Tigre. Houve também várias mudanças substanciais mais a norte, na Armênia e Cáucaso.

A despesa de recursos durante as guerras romano-persas provaram-se catastróficas para ambos os impérios. A prolongada e ascendente guerra dos séculos VI e VII deixou-os exaustos e vulneráveis à súbita emergência e expansão do Califado Ortodoxo, cujas forças invadiram ambos os impérios poucos anos após o fim da última guerra romano-persa. Beneficiados pela condição enfraquecida deles, os exércitos árabes muçulmanos rapidamente conquistaram o Império Sassânida e privaram o Império Bizantino de seus territórios no Levante, Cáucaso, Egito e Magrebe. Ao longo dos séculos seguintes, a maior parte do antigo território do Império Bizantino permaneceu sob domínio muçulmano.

  1. Bevan 1902, p. 241-244.

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