Hacker

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Al Sheedakim, um hacker

Em informática, hacker[1] AFI/ʁakɚɹ/[2] é um indivíduo que se dedica, com intensidade incomum, a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores. Hackers podem ser motivados por uma infinidade de razões — como lucro, protesto, vaidade, curiosidade, patriotismo, espírito competitivo, coleta de informações,[3] recreação[4] ou para avaliar as fraquezas do sistema e auxiliar na formulação de defesas contra hackers em potencial. Hackers que usam seu conhecimento para fins ilegais são chamados crackers.[5] Um hacker frequentemente obtém soluções e efeitos extraordinários que extrapolam os limites do funcionamento "normal" dos sistemas, como previstos pelos seus criadores; incluindo, por exemplo, contornar as barreiras que deveriam impedir o controle de certos sistemas e o acesso a certos dados.[6]

O termo, pronunciado "háquer" com "h" expirado, é importado da língua inglesa e tem sido traduzido como decifrador — embora esta palavra tenha outro sentido — ou aportuguesado para ráquer.[7] Os verbos "hackear" e "raquear" costumam ser usados para descrever modificações e manipulações não triviais ou não autorizadas em sistemas de computação. Hackers são necessariamente programadores hábeis, mas nem sempre disciplinados. Muitos são jovens, desde nível médio a pós-graduação. Por dedicarem muito tempo a pesquisa e experimentação, hackers tendem a ter uma atividade social reduzida e se encaixar no estereótipo de nerd.

Muitos hackers compartilham informações e colaboram em projetos comuns, incluindo congressos, ativismo e criação de software livre, constituindo uma comunidade hacker com cultura, ideologia e motivações específicas.[8] Outros trabalham para empresas, agências governamentais ou por conta própria. Hackers foram responsáveis por várias inovações importantes na computação, incluindo a linguagem de programação C e o sistema operacional Unix (Kernighan e Ritchie), o editor de texto emacs (Stallman), o sistema GNU/Linux (Stallman e Torvalds) e o indexador Google (Page e Brin). Hackers também revelaram muitas fragilidades em sistemas de criptografia e segurança, como urnas digitais (Gonggrijp e Haldeman), cédula de identidade com chip, discos Blu-ray, bloqueio de telefones celulares, etc.

  1. Acordo ortográfico da língua portuguesa. Disponível em http://www.cursinhoprimeirodemaio.com.br/v2/downloads/acordo_ortografico.pdf. Acesso em 20 de janeiro de 2013.
  2. Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 657.
  3. Winkler, Ira. Spies Among Us: How to Stop the Spies, Terrorists, Hackers, and Criminals You Don't Even Know You Encounter Every Day. John Wiley & Sons. 2005. pg. 92. ISBN 9780764589904.
  4. Sterling, Bruce (1993). «Part 2(d)». The Hacker Crackdown. McLean, Virginia: IndyPublish.com. p. 61. ISBN 1-4043-0641-2 
  5. Entendendo as diferenças entre Hacker e Cracker, acessado em 11 de outubro de 2011
  6. Eric S. Raymond (), The New Hacker's dictionary. MIT Press, .ISBN 0-262-68092-0
  7. Entenda sobre os Hackers, Dicas em geral, acessado em 11 de outubro de 2011
  8. Ética Hacker, WebNode, acessado em 11 de outubro de 2011

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