Hegemonia cultural

A hegemonia cultural é um conceito que descreve a supremacia e influência de um grupo ou classe social na definição das normas, valores, crenças e símbolos que orientam a cultura e a identidade de uma sociedade. Esse tipo de hegemonia não é apenas baseado no poder econômico ou político, mas também na capacidade de moldar as percepções e perspectivas das pessoas de maneira a legitimar e reforçar o status quo da classe dominante. [1]

Na hegemonia cultural, a classe ou grupo que detém a influência tem a capacidade de impor suas ideias e visões de mundo como sendo as mais aceitáveis e "normais". Isso pode ocorrer através da disseminação de narrativas históricas, produção cultural, educação, mídia e outras formas de comunicação. O objetivo é fazer com que as ideias e valores da classe dominante sejam internalizados pela sociedade como um todo, muitas vezes sem questionamento. [2]

Antonio Gramsci, um renomado teórico marxista, desenvolveu o conceito de hegemonia cultural como uma maneira de entender como as elites mantêm o controle não apenas através da coerção direta, mas também ao influenciar as mentalidades das pessoas. Isso pode levar a uma adesão voluntária às ideias e valores da classe dominante, mesmo por parte das classes subalternas. [2]

  1. Lears, T. J. Jackson (1985). «The Concept of Cultural Hegemony: Problems and Possibilities». The American Historical Review (3): 567–593. ISSN 0002-8762. doi:10.2307/1860957. Consultado em 21 de agosto de 2023 
  2. a b «Antonio Gramsci on Cultural Hegemony: What Is It and How Does It Work?». TheCollector (em inglês). 21 de agosto de 2023. Consultado em 21 de agosto de 2023 

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