Homem de Java

Homem de Java
Fósseis do Homem de Java
Fósseis do Homem de Java
Classificação científica
Domínio: Eukariota
Reino: Animalia
Sub-reino: Metazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebratae
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Mammalia
Subclasse: Theria
Infraclasse: Placentalia
Superordem: Euarchontoglires
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Parvordem: Catarrhini
Superfamília: Hominoidea
Família: Hominidae
Subfamília: Homininae
Género: Homo
Espécie: Homo erectus
Subespécie: H. e. erectus
Nome trinomial
Homo erectus erectus

Homem de Java (Homo erectus erectus, Javanese: Manungsa Jawa, indonésio: Manusia Jawa) foi o primeiro espécime de Homo erectus a ser descoberto. Fósseis desse hominídeo foram descobertos na ilha de Java (Indonésia) entre 1891 e 1892. Dirigida por Eugène Dubois, a equipe de escavação descobriu um dente, uma calota craniana e um fêmur em Trinil, nas margens do Rio Solo, em Java Oriental. Alegando que os fósseis representavam o "elo perdido" entre macacos e seres humanos, Dubois deu à espécie o nome científico Anthropopithecus erectus, depois renomeado para Pithecanthropus erectus.

O consenso entre a maioria dos cientistas contemporâneos é de que o fêmur é mais recente do que a calota craniana e teria pertencido a um homem moderno. Além disso, alguns dos dentes encontrados nas proximidades seriam de orangotango, e não de Homo erectus. Mas a calota craniana do Homem de Java pertenceu a um Homo erectus: ela tem aproximadamente 940 cc, em comparação com 97 cc, no caso de um gibão, sendo também incompatível com o crânio de outros macacos. Ademais, o fóssil é semelhante ao Sangiran 17 e muitos outros fósseis de Homo erectus que foram encontrados[1].

O fóssil despertou muita controvérsia. Menos de dez anos depois de 1891, quase oitenta livros ou artigos haviam sido publicados nas descobertas de Dubois. Apesar do argumento de Dubois, poucos cientistas da evolução aceitaram que o Homem de Java era uma forma de transição entre macacos e humanos[2]. Alguns cientistas descartaram os fósseis como macacos e outros como humanos modernos, enquanto muitos cientistas consideravam o Homem de Java como um ramo secundário primitivo da evolução, não relacionado aos humanos modernos. Na década de 1930, Dubois fez a afirmação de que o Pithecanthropus era formado como um "gibão gigante", uma tentativa muito mal interpretada por Dubois para provar que era o "elo perdido".

Eventualmente, as semelhanças entre Pithecanthropus erectus (Homem de Java) e Sinanthropus pekinensis (Homem de Pequim) levaram Ernst Mayr a renomear como Homo erectus em 1950, colocando-os diretamente na árvore evolutiva humana. Posteriormente, para distinguir o Homem de Java de outras populações de Homo erectus, alguns cientistas começaram a considerá-lo como uma subespécie, o Homo erectus erectus, na década de 1970. Outros fósseis encontrados na primeira metade do século XX em Java, em Sangiran e Mojokerto, todos mais antigos que os encontrados por Dubois, também são considerados parte da espécie Homo erectus. (Estimados entre 700.000 e 1.000.000 anos, no momento da descoberta, os fósseis do Homem de Java eram os fósseis homininos mais antigos já encontrados). Os fósseis do Homem de Java foram alojados no Naturalis na Holanda desde 1900.

  1. FOLEY, Jim. Creationist Arguments: Java Man.Talkorigins.org. United States. 2005.
  2. Swisher, Carl C. III; Curtis, Garniss H.; Lewin, Roger. Java Man: How Two Geologists Changed Our Understanding of Human Evolution. Chicago: University of Chicago Press. 2000. ISBN 0-226-78734-6.

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