Horrorcore

Horrorcore
Origens estilísticas Hardcore hip hop, gangsta rap, underground hip hop, terror, filme de terror
Contexto cultural Década de 1980, Estados Unidos
Instrumentos típicos Rapping, turntablism, sampler, sintetizadores e outros
Popularidade Bastante underground, sendo que alguns grupos receberam o sucesso em mainstream.
Formas regionais
Detroit, Michigan
Memphis, Tennessee
Costa Leste dos Estados Unidos
Califórnia
Chicago
Cidade do Panamá–(rap, reggae, entres outros.)
São Paulo
Outros tópicos
Horror punk

Horrorcore, ou horror rap, é um dos subgêneros da música rap que surgiu do gangsta rap, no final da década de 80, que tem o seu lírico baseado em letras de horror, com o imaginário centrado na mesma. Ele teve origem com vários grupos de hardcore e gangsta rap, com destaque para o Geto Boys, que utilizava de termos "supernaturais" para descrever o conteúdo de seus raps violentos.[1] O termo "horrorcore" surgiu após as letras tratarem exatamente do mesmo conteúdo de livros de horror, na época dos grupos Flatlinerz e Gravediggaz.[2]

Em 1994, no Brasil, a música "Gritos de Agonia" foi gravada, na coletânea Fest Rap I (4ª Faixa), por um grupo de rap chamado Seres Mortais. A coletânea foi lançada no ano seguinte. A música possui características peculiares que dão a textura ideal para o tema abordado. A sensação é semelhante a uma trilha de suspense ou terror. As músicas geralmente são compostas por vozes e coros graves que se alternam durante a música. Os temas quase sempre relacionados a perturbações, alucinações, espiritualidade e afins, mas sempre num perspectiva positiva, na lógica inversa do que é um tormento. É como dizer que a luz é um tormento para quem se habituou com a escuridão.

As apresentações também merecem destaque, pois já naquela época, o Seres Mortais inovou o cenário do rap nacional com suas produções de palco e figurino, que incluía uso de máscaras, toucas, roupas pretas, desenho no rosto, lanternas no escuro, castiçais, tochas, entre outros apetrechos. O estilo do grupo passou a ser conhecido como "Estilo Tormento", por causa do refrão da música Gritos de agonia: - Nunca passará, o tormento ficará em sua mente! O estilo horror-core original, relata histórias de horror e quase sempre suas mensagens não tem a preocupação de passar uma mensagem positiva. Apenas relatar os fatos e deixar no ar a reflexão. Já o estilo Tormento, mesmo sendo produto do horrorcore, sofreu adaptações e se diferencia por sua característica de deixar uma mensagem positiva, além do fato relatado. A música pode ser encontrada na página do youtube.

Em 1996, a gravadora Maracanã lançou a coletânea Fest Rap II, com mais um grupo desse seguimento, chamado Fúria Verbal.

Antes da virada do milênio, o grupo Seres Mortais, integrado por Neurus, Proffessor, Lord, Sinistro, DJ Daimond, Dr. Norman, C.mente e Danclis, encerrou suas atividades. Na mesma época, o grupo Fúria Verbal também havia encerrado sua carreira. Foi aí que surgiu o grupo Transfusão. A fusão entre os dois grupos, cujos atuais integrantes são: Neurus e Proffessor (Seres Mortais), Zuripa e K.de kco (Fúria Verbal), Nattoh (A Versão) e DJ Fhak (Camorra). O grupo Transfusão é a continuidade do Estilo Tormento. O grupo Transfusão representa a linhagem original desse estilo, que hoje abrange o cenário do rap nacional. Em 2004, lançaram o primeiro álbum A Sinapse.

  1. Bruce, Joseph; Hobey Echlin (2003). «The Dark Carnival». In: Nathan Fostey. ICP: Behind the Paint second ed. Royal Oak, Michigan: Psychopathic Records. pp. 174–185. ISBN 0-9741846-0-8 
  2. Passantino, Dom. (07 Jan 2005) Top ten Hip-Hop gimmicks of all time Stylus Magazine. Accessed November 4, 2007.

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