Julius Evola

Julius Evola
Julius Evola
Nome completo Giulio Cesare Andrea Evola
Nascimento 19 de maio de 1898
Roma, Reino da Itália
Morte 11 de junho de 1974 (76 anos)
Roma, Itália
Nacionalidade italiano
Escola/tradição Idealismo Mágico, Perenialismo[1], Revolução Conservadora
Principais interesses Religião comparada, filosofia[2]
Movimento estético Futurismo, Dadaísmo

Giulio Cesare Andrea Evola (Roma, 19 de maio de 189811 de junho de 1974), conhecido pela forma latinizada de seu nome, Julius Evola, foi um intelectual italiano, famoso por inspirar e atuar como ideólogo de certas vertentes da direita radical.[3] Evola abordou temas como a filosofia, esoterismo, religiões comparadas, sexologia, história do budismo, política e práticas de ascese.[4] Durante a juventude, foi pintor dadaísta[5]

Evola foi uma figura controversa, idealizador de uma sociedade aristocrática e com relações próximas ao fascismo, apesar de manter uma relação conflituosa com a ideologia fascista italiana. Sua visão foi descrita como "singularmente utópica",[4] além de promover "um dos sistemas anti-igualitários, antiliberais, antidemocráticos e antipopulares mais radicais e consistentes do século XX".[6]

Após a Primeira Guerra Mundial, Evola foi um artista proeminente associado ao futurismo e dadaísmo.[7] No início da década de 1920 rompeu com a pintura e a poesia e passou a se dedicar a escritos teóricos. Em março de 1945, enquanto caminhava durante um bombardeio aliado em Viena, Evola foi atingido por um estilhaço e ficou paraplégico. Mesmo paraplégico, ele continuou a ser considerado o principal teórico do neofascismo italiano. Um relatório do governo de 1985 após um bombardeio em Bolonha identificou Evola como uma "inspiração" e "um dos gurus da extrema direita italiana".[8] Embora seus pensamentos radicais foquem na revolução individual, as ideias de Evola ainda exercem influência ideológica em grupos extremistas e teóricos contemporâneos como Alain de Benoist[9] e agentes políticos como Steve Bannon.[10]

  1. Against the Modern World: Traditionalism and the Secret Intellectual History of the Twentieth Century by Mark J. Sedgwick
  2. , L'invention d'une politique humanitaire: Les réfugiés russes et le Zemgor (1921-1930)
  3. Franco Ferraresi (2012). Threats to Democracy: The Radical Right in Italy after the War (em inglês). [S.l.]: Princeton University Press. pp. 43–45. ISBN 978-1-4008-2211-9 
  4. a b ROSE, Matthew. A World After Liberalism: Philosophers of the Radical Right. Yale University Press, 2021. p.50-52.
  5. Abel, Richard, et al. "Abbagnano, Nicola, and Giovanni Fornero. Dizionario di filosofia. Turin: UTET, 1998. Abdill, Edward. Masters of Wisdom: The Mahatmas, Their Letters, and the Path. New York: Penguin, 2015." Modernist Idealism: Ambivalent Legacies of German Philosophy in Italian Literature 95 (2021): 309.
  6. Ferraresi, Franco (17 de setembro de 2012). Threats to Democracy: The Radical Right in Italy after the War (em inglês). [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 1400822114 
  7. Jeffrey Schnapp: Bad Dada (Evola). In: Leah Dickerman, Matthew S. Witkovsky (eds.): Os Seminários Dada. Washington 2005, ISBN 1-933045-14-0 , pp. 30–55
  8. Paul Furlong, Social and Political Thought of Julius Evola (New York: Routledge, 2011), pg. 16. For surveys of Evola’s role in postwar neo-fascism, see Franco Ferraresi, Threats to Democracy: The Radical Right in Italy After the War (Princeton, NJ: Princeton University Press, 1996), pp. 43–49; and A. James Gregor, The Search for Neofascism: The Use and Abuse of Social Science (New York: Cambridge, 2006), pp. 83–110.
  9. De Benoist, Alain. "Julius Evola, réactionnaire radical et métaphysicien engagé. Analyse critique de la pensée politique de Julius Evola." Nouvelle Ecole 5354 (2003): 147.
  10. Staudenmaier, Peter. "Racial Ideology between Fascist Italy and Nazi Germany: Julius Evola and the Aryan Myth, 1933–43." Journal of Contemporary History 55.3 (2020): 473-491.

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search