Juscelino Kubitschek

 Nota: Para outros significados, veja Juscelino Kubitschek (desambiguação).
Juscelino Kubitschek
Juscelino Kubitschek
Foto oficial como presidente, em 1956
21.º Presidente do Brasil
Período 31 de janeiro de 1956
até 31 de janeiro de 1961
Vice-presidente João Goulart
Antecessor(a) Nereu Ramos
Sucessor(a) Jânio Quadros
Senador por Goiás
Período 4 de outubro de 1961
até 8 de agosto de 1964
Antecessor(a) Taciano Gomes de Melo
Sucessor(a) João Abraão Sobrinho
24.º Governador de Minas Gerais
Período 31 de janeiro de 1951
até 31 de março de 1955
Vice-governador Clóvis Salgado da Gama
Antecessor(a) Milton Campos
Sucessor(a) Clóvis Salgado da Gama
Deputado Federal por Minas Gerais
Período 1 de fevereiro de 1946
até 31 de janeiro de 1951
Período 3 de maio de 1935
até 10 de novembro de 1937
23.º Prefeito de Belo Horizonte
Período 23 de outubro de 1940
até 30 de outubro de 1945
Governador Benedito Valadares
Antecessor(a) José Osvaldo de Araújo
Sucessor(a) João Gusman Júnior
Dados pessoais
Nome completo Juscelino Kubitschek de Oliveira
Nascimento 12 de setembro de 1902
Diamantina, Minas Gerais
Morte 22 de agosto de 1976 (73 anos)
Resende, Rio de Janeiro
Alma mater Universidade Federal de Minas Gerais
Prêmio(s) Prêmio Juca Pato (1975)
Cônjuge Sarah Kubitschek (1931–1976)
Filhos(as) Márcia
Maria Estela
Partido PSD
Religião Catolicismo
Profissão Médico e político
Assinatura Assinatura de Juscelino Kubitschek
Serviço militar
Lealdade Polícia Militar de Minas Gerais
Graduação Tenente-coronel
Conflitos Revolução Constitucionalista de 1932

Juscelino Kubitschek de Oliveira BTOGColIHGCTE, também conhecido pelas suas iniciais JK (Diamantina, 12 de setembro de 1902Resende, 22 de agosto de 1976), foi um médico, oficial da Polícia Militar mineira e político brasileiro. Foi o 21.º Presidente do Brasil, entre 1956 e 1961. JK concluiu o curso de humanidades do Seminário de Diamantina e em 1920 mudou-se para Belo Horizonte. Em 1927, formou-se em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e em 1930 especializou-se em urologia em Paris. Em dezembro de 1931, casou-se com Sarah Lemos, com quem teve a filha Márcia, em 1943. O casal também adotou Maria Estela em 1947.

Em 1931, ingressou na Polícia Militar como médico. Neste período, trabalhou na Revolução Constitucionalista e tornou-se amigo do político Benedito Valadares que, ao ser nomeado interventor federal em 1933, nomeou Juscelino como seu chefe de gabinete. Em 1934, foi eleito deputado federal, mas teve seu mandato cassado quando do golpe do Estado Novo. Com a perda do mandato, retornou à medicina. Em 1940, foi nomeado prefeito de Belo Horizonte por Valadares, permanecendo neste cargo até outubro de 1945. No final do mesmo ano foi eleito deputado constituinte pelo Partido Social Democrático. Em 1950, venceu Bias Fortes nas prévias do PSD para a escolha do candidato do partido ao Governo de Minas nas eleições daquele ano. Na eleição geral, derrotou seu concunhado Gabriel Passos e foi empossado governador em 31 de janeiro de 1951. Nesse cargo, criou a Companhia Energética de Minas Gerais, e também priorizou as estradas e a industrialização.

Em outubro de 1954, lançou sua candidatura à Presidência da República para a eleição de 1955, que foi oficializada em fevereiro de 1955. JK apresentou um discurso desenvolvimentista e utilizou como slogan de campanha "50 anos em 5". Em uma aliança formada por seis partidos, seu companheiro de chapa foi João Goulart. Em 3 de outubro, elegeu-se presidente com 35,6% dos votos, contra 30,2% de Juarez Távora, da UDN. A oposição tentou anular a eleição com a alegação de que JK não havia obtido a maioria absoluta dos votos. No entanto, o general Henrique Lott desencadeou um movimento militar que garantiu a posse de JK e Jango em 31 de janeiro de 1956. Na presidência, foi o responsável pela construção de uma nova capital federal, Brasília, executando assim um antigo projeto para promover o desenvolvimento do interior e a integração do país. Durante todo o seu mandato, o país viveu um período de notável desenvolvimento econômico e relativa estabilidade política. Por seu plano de governo ter sido centrado no desenvolvimento econômico e social, Juscelino tornou-se reconhecido como o "pai do Brasil moderno".[1] No entanto, houve também um significativo aumento da dívida pública interna, da dívida externa, e, segundo alguns críticos, seu mandato terminou com crescimento da inflação, aumento da concentração de renda e arrocho salarial. Na época, não havia reeleição e, em 31 de janeiro de 1961, foi sucedido por Jânio Quadros, seu opositor, apoiado pela UDN.

Em 1961, elegeu-se senador por Goiás e tentou viabilizar sua candidatura à presidência em 1965. No entanto, com o golpe militar de 1964, foi acusado pelos militares de corrupção e de ser apoiado pelos comunistas. Como consequência, teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos. A partir de então, passou a percorrer cidades dos Estados Unidos e da Europa, em um exílio voluntário. Em março de 1967, voltou definitivamente ao Brasil e uniu-se a Carlos Lacerda e a Goulart na articulação da Frente Ampla, em oposição à ditadura militar, que foi extinta pelos militares um ano depois, levando JK à prisão por um curto período. O ex-presidente pretendia voltar à vida política depois de passados os dez anos da cassação de seus direitos políticos. Em outubro de 1975, concorreu, sem sucesso, a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Ocupou a cadeira n.º 34 da Academia Mineira de Letras.[2]

Juscelino morreu em um acidente automobilístico em 22 de agosto de 1976. Segundo a perícia e laudo oficial na época, o acidente ocorreu por uma fatalidade normal no trânsito. A versão foi contestada pela família, que chegou a pedir a exumação do corpo vinte anos depois, suspeitando que JK havia sido vítima de um assassinato. O resultado da perícia confirmou os laudos anteriores.


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