Leandro Narloch

Leandro Narloch
Leandro Narloch
Leandro Narloch em uma conferência de imprensa em Cotia, região metropolitana de São Paulo, em 2011.
Nascimento 1978 (46 anos)
Curitiba, Paraná, Brasil
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Jornalista
Escritor
Principais trabalhos Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

Leandro Narloch (Curitiba, 1978) é um jornalista e escritor brasileiro.[1]

Foi repórter da revista Veja e editor das revistas Aventuras na História e Superinteressante, do Grupo Abril.[2] Foi colunista no site da revista Veja (onde manteve coluna intitulada O Caçador de Mitos de dezembro de 2014 a novembro de 2016), no jornal Folha de S.Paulo (dezembro de 2016 a dezembro de 2018) e na revista Crusoé (de 2018 até o presente).[3] Também publicou artigos de opinião do The Wall Street Journal, entre outras publicações.[4][5] Em 2022, foi agraciado com o Prêmio Liberdade de Imprensa pelo Fórum da Liberdade.[6]

Ganhou notoriedade em 2009 ao publicar o livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil,[7][8][9] abordando imagens criadas em torno de personalidades e eventos marcantes da história do Brasil.[10] O livro foi um best-seller[11][12][13][14] e em 2017 foi levado à televisão pelo History.[15]

O livro foi sucedido em 2011 pelo Guia Politicamente Incorreto da América Latina (em coautoria com Duda Teixeira), no qual Narloch repetiu a abordagem com personagens e passagens da história da América Latina em geral.[16] Em agosto de 2013, lançou o terceiro livro da série, com o título Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo, abordando a história universal.[17] Em 2015, a série foi acrescida do Guia Politicamente Incorreto da Economia Brasileira.

Em julho de 2020, Narloch causou controvérsia ao comentar, na CNN Brasil, sobre nova regra que passava a permitir a doação de sangue por homossexuais. Narloch apoiou a mudança, mas, em seu comentário, chamou atenção para a maior prevalência de HIV entre homossexuais masculinos.[18] Após intensa pressão, a CNN decidiu demiti-lo por considerar a fala homofóbica.[19] Após a demissão, Narloch escreveu no Twitter que tem horror à homofobia e reforçou sua concordância com a doação de sangue por homossexuais.[20] Hélio Coutinho Beltrão, colunista da Folha, escreveu uma coluna considerando a demissão como um exemplo da cultura do cancelamento.[21] Após o episódio, o jornalista recebeu o apoio de Jair Bolsonaro.[22]

  1. Brasil, C. N. N. (2019). «Também em São Paulo, dois profissionais tratarão de temas de comportamento em nossos telejornais. O jornalista Leandro Narloch, mestre em filosofia, foi repórter e editor de revistas como Superinteressante e Veja e atualmente é colunista da revista Crusoé.pic.twitter.com/iRjp15mE50». @CNNBrasil. Consultado em 17 de janeiro de 2020 
  2. «Leandro Narloch». Livraria da Folha de S.Paulo. Brasil: Folha da manhã. Consultado em 3 de agosto de 2013 [ligação inativa]
  3. «Colunistas: Leandro Narloch | Folha de S.Paulo». www.folha.uol.com.br. Consultado em 7 de dezembro de 2016 
  4. Narloch, Leandro. «Opinion | How to Save the Amazon». WSJ (em inglês). Consultado em 20 de dezembro de 2022 
  5. Narloch, Diogo Costa and Leandro. «Opinion | Dereliction and Destruction». WSJ (em inglês). Consultado em 20 de dezembro de 2022 
  6. «Fórum da Liberdade entrega prêmios a empresário e a jornalista». GZH. 11 de abril de 2022. Consultado em 20 de dezembro de 2022 
  7. Jesus, Carlos Gustavo Nóbrega de; Gandra, Edgar Avila (16 de dezembro de 2020). «O negacionismo renovado e o ofício do Historiador». Estudos Ibero-Americanos (3): e38411–e38411. ISSN 1980-864X. doi:10.15448/1980-864X.2020.3.38411. Tais narrativas de fácil leitura logo cativaram o grande público, mas coube a Narloch com base em um sensacionalismo sem limites obter o maior sucesso no mercado. É notório na leitura de seus livros um ponto em comum, a radicalização da apropriação do passado a partir de valores conservadores e preconceituosos:... 
  8. Malerba, Jurandir (8 de maio de 2014). «Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a História?: uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre Public History». História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography (15): 27–50. ISSN 1983-9928. doi:10.15848/hh.v0i15.692. Radicalizando e potencializando as características da escrita histórica feita por historiadores leigos no Brasil, em 2009 apareceu um livro que logo entrou para a lista de best-sellers, alcançando a marca de mais de 100 mil exemplares vendidos em poucas semanas. Trata-se do Guia politicamente incorreto da história do Brasil, de Leandro Narloch (2009). Do ponto de vista da produção da escrita histórica, o texto se apoia na historiografia disponível, ora para corroborar seus argumentos, ora para detratá-la quando dela discorda. Sob a bandeira do “politicamente correto”, mal se disfarça uma visão altamente conservadora, quando não reacionária, retrógrada, eurocêntrica e preconceituosa da/sobre a história do Brasil. Por exemplo, em relação a negros e índios, Narloch reproduz uma interpretação típica das classes senhoriais brasileiras do século XIX segundo a qual a construção do Brasil foi obra de europeus (portugueses) e o Brasil fez-se quase que apesar da existência de negros e índios. 
  9. Colombo, Sylvia (15 de fevereiro de 2011). «História com "h" minúsculo». Folha online. Consultado em 4 de janeiro de 2021. O momento mais delicado, obviamente, é aquele em que trata da ditadura. É cada vez mais comum que novos estudos promovam uma releitura menos ideologizada do período e que cada vez menos se fale em "mocinhos" e "bandidos", como sugere Narloch. Mas o rapaz toma tão claramente um só partido da dicotomia que diz tentar combater que fica até feio. Chega a dizer coisas duvidosas, que qualquer estudioso sério da ditadura ao menos relativizaria, do tipo: "Qualquer notícia de movimentação comunista era um motivo justo de preocupação. A experiência mostrava que poucos guerrilheiros, com a ajuda de partidários infiltrados nas estruturas do Estado, poderiam sim derrubar o governo." 
  10. «O lado B da história do Brasil». Revista Galileu. Abril. Consultado em 6 de novembro de 2012 
  11. «Lista de mais vendidos da semana de 16/05/11 a 22/05/11». Publish news. Brasil. Consultado em 29 de maio de 2011 
  12. «Os livros mais vendidos». Veja. Brasil: Abril. Consultado em 29 de maio de 2011. Arquivado do original em 5 de junho de 2013 
  13. «Livros mais vendidos de 2011». Publishnews. Brasil. Consultado em 6 de novembro de 2012 
  14. Publish news. «Livros mais vendidos de 2010». Brasil. Consultado em 6 de novembro de 2012 
  15. «Guia Politicamente Incorreto». Guia Politicamente Incorreto (em inglês). Consultado em 11 de novembro de 2017 
  16. «Guia Politicamente Incorreto da América Latina». Livraria da Folha de S.Paulo. Brasil: Folha da manhã. Consultado em 3 de agosto de 2013 [ligação inativa]
  17. «Novo 'Guia Politicamente Incorreto' chega em agosto». Livraria da Folha de S.Paulo. Brasil: Folha da manhã. 3 de julho de 2013. Consultado em 3 de agosto de 2013 
  18. «Após comentários homofóbicos, CNN demite Leandro Narloch». UOL. 10 de julho de 2020 
  19. «CNN Brasil demite Leandro Narloch após falas consideradas homofóbicas». Metrópoles. 10 de julho de 2020. Consultado em 17 de julho de 2020 
  20. Juliana Barbosa (10 de julho de 2020). «Leandro Narloch sobre demissão da CNN: "Cultura do cancelamento me pegou"». Metrópoles. Consultado em 2 de setembro de 2022. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2022 
  21. Helio Beltrão (14 de julho de 2020). «Os covardes e o cancelamento»Subscrição paga é requerida. Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de julho de 2020 
  22. REDAÇÃO (13 de julho de 2020). «Leandro Narloch agradece elogio de Jair Bolsonaro após demissão da CNN Brasil». Notícias da TV. Consultado em 27 de março de 2021 

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