Modinha

Modinha é um gênero musical de canção sentimental brasileira e portuguesa, cultivada nos séculos XVIII e XIX.[1][2] A modinha é marcada pela influência da ópera italiana. O termo modinha não deve ser confundido com o gênero moda, também de origem portuguesa.[3] Para a pesquisadora Susana Sardo,[4] o termo "moda" era empregado para representar as práticas musicais e coreografias mais comuns nas zonas rurais portuguesas, conceito que Manoel Joaquim Delgado[5] também utiliza para se referir às tradições locais que caiam no gosto do povo português.

No Brasil, a modinha é considerada como um dos primeiros ritmos que se tornaram realmente populares em várias partes do país. O Padre José Maurício foi um dos principais responsáveis por popularizar a modinha.

Quando Dom João VI veio pro Brasil fugindo da guerra, e de Napoleão, trouxe também muitos músicos portugueses. E uma das suas primeiras medidas foi criar uma Capela Real. Pra cantar e tocar nas missas contavam com 50 cantores e 100 instrumentistas, sendo uma das maiores orquestras do mundo na época. Pra comandar essa orquestra, o Dom João chamou o Padre José Maurício, um músico brasileiro, negro, pobre e descendente de escravizados, foi compositor e considerado o maior improvisador do mundo. Suas músicas são tocadas e ensinadas até hoje, no Brasil e no mundo.[6]

  1. Béhague, Gerard (2001). Modinha (verbete). [S.l.]: The New Grove Dictionary of Music and Musicians, Macmillan 
  2. de acordo com a Enciclopédia Britânica: light and sentimental Portuguese song popular in the 18th and 19th centuries. Some of the earliest examples of modinhas are in the Óperas Portuguesas (1733–41) by António José da Silva, who interspersed the songs into the prose dialogue of his dramas.«modinha | Portuguese song genre». Encyclopedia Britannica 
  3. Andrade, Mario de (1930). Modinhas Imperiais. São Paulo: [s.n.] 
  4. SARDO, Susana (2010). Moda. Lisboa: Círculo de Leitores. pp. página 805 
  5. DELGADO, Manuel Joaquim (1955). Subsídios para o Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo. Lisboa: Edição de Álvaro Pinto 
  6. «Chove chuva». projeto Querino. Consultado em 2 de novembro de 2022 

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