Morte de Adolf Hitler

Primeira página do jornal das Forças Armadas dos EUA, Stars and Stripes, em 2 de maio de 1945

Em 30 de abril de 1945, Adolf Hitler cometeu suicídio em seu Führerbunker, em Berlim. O político austríaco-alemão foi líder do Partido Nazista, chanceler da Alemanha de 1933 a 1945 e Führer ("líder") da Alemanha Nazista de 1934 a 1945. Eva Braun, com quem Hitler se tinha casado um dia antes, se matou em seguida com cianeto. De acordo com as instruções escritas e verbais do próprio Hitler, naquela tarde seus restos mortais foram carregados escada acima pela saída de emergência do bunker, encharcados de gasolina e incendiados no jardim da Chancelaria do Reich, fora do bunker.[1][2]

Embora os registros nos arquivos soviéticos indiquem que os restos mortais queimados de Hitler e Braun foram recuperados e enterrados em vários locais até 1946, sendo por fim exumados novamente e cremados em 1970, isso se mostrou extremamente improvável, uma vez que testemunhas relataram não haver corpos remanescentes após a cremação, apenas cinzas. A sugestão de que os corpos foram exumados e reenterrados é considerada parte de uma campanha de desinformação soviética ordenada por Josef Stalin para semear confusão sobre a morte de Hitler.[3]

A respeito da causa da morte de Hitler, um relato de uma testemunha não ocular afirma que ele morreu apenas por envenenamento, mas todas as três testemunhas que viram o corpo de Hitler imediatamente após seu suicídio testemunharam que ele morreu por conta de um tiro autoinfligido, embora duas digam que foi um tiro na têmpora, enquanto a outra diga que foi na boca. Otto Günsche, ajudante pessoal de Hitler e que manipulou os dois corpos, testemunhou que apesar do corpo de Eva Braun ter um cheiro forte de amêndoas queimadas — uma indicação de envenenamento por cianeto — não havia esse odor no corpo de Hitler, que cheirava a pólvora.[4] Restos dentários peneirados do solo do jardim da Chancelaria foram comparados e combinaram com os registros dentários de Hitler.[5][6]

Historiadores contemporâneos rejeitam relatos alternativos sobre a morte do líder nazista como sendo propaganda soviética. A notícia da morte de Hitler foi anunciada à Alemanha em 1.º de maio de 1945, um dia após sua ocorrência.[7] Por razões políticas, a União Soviética apresentou várias versões diferentes sobre o destino de Hitler.[8][9] Os soviéticos mantiveram o discurso, nos anos imediatamente após a guerra, de que Hitler não estava morto, que tinha escapado e estava sendo protegido pelos antigos Aliados Ocidentais.[8]

  1. Kershaw 2008, pp. 954, 956.
  2. Linge 2009, pp. 199, 200.
  3. Joachimsthaler 1999, pp. 215–225.
  4. Joachimsthaler 1999, pp. 163, 173.
  5. Joachimsthaler 1999, pp. 29, 231–234.
  6. Lusher 2018.
  7. Shirer 1960, p. 1137.
  8. a b Eberle & Uhl 2005, p. 288.
  9. Kershaw 2001, p. 1037.

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