Mos maiorum

A família romana era uma das formas de transmissão do mos maiorum através das gerações. Lápide de uma família romana — Museu do Vaticano.

A locução latina mos maiorum ou seu equivalente no plural, mores maiorum ("costume dos ancestrais") é o código não escrito de que os antigos romanos derivavam suas normas sociais. É o conceito central e núcleo da moralidade tradicional da civilização romana, e pode ser considerado um complemento dinâmico da lei escrita. O mos maiorum constituía os princípios coletivos consagrados pelo tempo, modelos de comportamento e práticas sociais que afetavam a vida privada, política e militar na Roma antiga. No seu conjunto eram considerados símbolo de integridade moral e de orgulho do cidadão romano. Somado ao conjunto de valores adquiridos por meio da helenização da cultura latina, o mos maiorum dará lugar à humanitas.

O termo mos (plural: mores) é comumente traduzido, de forma incompleta, como “costumes”. Na verdade, o termo latino possui uma semântica mais rica e um valor tanto ideal como pragmático, por se referir tanto a um sistema de valores de um indivíduo quanto de toda uma sociedade e, simultaneamente, à prática que dele deriva. É de mos que deriva o termo "moral".

É definido por Festus Sexto Pompeu como:[1] "Mos este institutum patrium, id est memoria veterum pertinens maxime ad religiones caerimoniasque antiquorum", "O costume é o habito dos pais, ou seja, a memória dos antigos relativa principalmente aos ritos e cerimônias da antiguidade." Para Sexto Pompônio, jurista romano do séc. II, os mores já seriam usos e costumes das tribos que se uniram na fundação da cidade de Roma.

  1. (LA) Festo 157, traduzione in Istituzioni di diritto romano, p. 29. [S.l.: s.n.] 

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