Movimento Brasil Livre

Movimento Brasil Livre
(MBL)
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Movimento Brasil Livre
Movimento Brasil Livre
Os principais integrantes do MBL, Kim Kataguiri, Guto Zacarias, e Arthur do Val, juntamente com outras figuras do Movimento.

[1]

Tipo movimento político
Fundação 1 de novembro de 2014 (9 anos)
Estado legal ativo
Propósito divulgação do liberalismo e mudanças políticas com base nele[2]
Sede São Paulo, São Paulo, Brasil
Línguas oficiais português
Organização Renan Santos[3]
Kim Kataguiri
Guto Zacarias
Sítio oficial mbl.org.br

O Movimento Brasil Livre (MBL) é um movimento político liberal-conservador brasileiro vinculado à direita,[4] ativo desde 2014. Em seu manifesto, cita cinco objetivos: "imprensa livre e independente, liberdade econômica, separação de poderes, eleições livres e idôneas e fim de subsídios diretos e indiretos para ditaduras".[5] Além disso, declara ter os seguintes objetivos: paz e proteção a direitos individuais; livre iniciativa e empreendedorismo; incentivo e respeito à propriedade privada e ao trabalho; igualdade perante a lei; e democracia.[6]

O MBL surgiu ao final de 2014 com a organização de duas manifestações nos estados brasileiros de São Paulo e Rio Grande do Sul em apoio às investigações da Operação Lava Jato e por mais liberdade de imprensa.[2] Em 2016, combinou forças com as bancadas evangélica e ruralista do Congresso por uma agenda de Estado mínimo, reforma trabalhista, ajuste fiscal e redução da maioridade penal.[7] Com sede nacional em São Paulo, o movimento realizou frequentes protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff e ações políticas em todo país. Inicialmente, a estratégia política do MBL foi pela convocação das manifestações dos dias 15 de março e 12 de abril de 2015,[8] em seguida, as manifestações de 2016.[9] Após o impeachment, o movimento auxiliou o governo Temer na promoção de reformas, como as trabalhistas e previdenciárias.[10][11] Em 2019, o MBL e o Movimento Vem pra Rua abandonaram o apoio ao bolsonarismo e tornaram-se oposição ao governo.[12]

De acordo com o jornal The Economist, o grupo é composto por aderentes do thatcherismo e foi fundado "para promover respostas do livre mercado aos problemas do país".[13] Para o jornal El País, apesar de sua aparência, a ação do movimento é eminentemente antipetista,[14] aspecto que vem sendo repetidamente notado.[15][16][17][18] O movimento está posicionado à direita do espectro político tradicional.[19][20] Formado em sua maioria por jovens com menos de trinta anos, seus integrantes são conhecidos por seus discursos incisivos, sendo comparados pela revista Exame a uma startup que nasceu para fazer protestos.[21] Segundo a revista Época, nos protestos de 16 de agosto de 2015, Kim Kataguiri e Fernando Holiday, duas lideranças do movimento, foram recebidos pela população participante como estrelas da política brasileira.[22]

Em novembro de 2022, no VII Congresso do MBL, o movimento anunciou a intenção de criar um partido e a pré-candidatura do comediante e apresentador Danilo Gentili para a presidência da república em 2026.[23]

Em janeiro de 2023, foi oficializada a pré-candidatura de Danilo Gentili para as eleições presidenciais de 2026. Em uma live no canal do movimento no dia 20 de janeiro, o deputado Kim Kataguiri confirmou o processo de coleta de assinaturas para a criação do partido.[24] Ao fim do ano, foi anunciado que o partido se chamara Missão.[25]

  1. https://www.rp10.com.br/2022/07/nomes-do-mbl-vem-a-aracatuba-na-sexta-feira//
  2. a b Frederico Vitor (16 de maio de 2015). «O que querem os jovens de direita que marcham rumo a Brasília?». Jornal Opção. Consultado em 29 de julho de 2017 
  3. Gonzato, Marcelo (13 de março de 2015). «Quais são e como pensam os movimentos que vão para a rua contra Dilma no domingo». Veja. Consultado em 18 de março de 2015 
  4. «Some of President Jair Bolsonaro's supporters are turning against him». The Economist. 2 de outubro de 2021. ISSN 0013-0613. Consultado em 5 de outubro de 2021 
  5. «CPI dos Crimes Cibernéticos vai ouvir Movimento Brasil Livre». JusBrasil. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  6. «MBL - Movimento Brasil Livre». MBL. Consultado em 6 de outubro de 2021 
  7. «MBL, ruralistas e evangélicos se unem por agenda liberal». Folha de S.Paulo. Uol. Consultado em 18 de novembro de 2016 
  8. Gonzatto, Marcelo (14 de março de 2015). «Quem são os articuladores nacionais do protesto contra Dilma». Zero Hora. RBS. Consultado em 16 de março de 2015 
  9. «Manifestantes fazem maior protesto nacional contra o governo Dilma». G1 SP. 2016. Consultado em 19 de abril de 2021. Cópia arquivada em 19 de abril de 2021 
  10. «Governo e MBL discutem estratégias para tornar medidas impopulares palatáveis». Congresso em Foco. Uol. 24 de setembro de 2016 
  11. «A direita abraça a rede». Pública. 22 de junho de 2015 
  12. «MBL e Vem Pra Rua reforçam oposição a Bolsonaro: "Ele enganou todo mundo"». Congresso em Foco. 27 de janeiro de 2021. Consultado em 21 de maio de 2021 
  13. «Niche no Longer». The Economist. 28 de fevereiro de 2015. Consultado em 19 de junho de 2015 
  14. País, Ediciones El (12 de dezembro de 2014). «Não é uma banda de indie-rock, é a vanguarda anti-Dilma». EL PAÍS 
  15. «Movimentos anti-PT atacam Rodrigo Maia | Panorama Político - O Globo». Panorama Político - O Globo. Consultado em 5 de dezembro de 2016 
  16. «Anti-PT, movimento Brasil Livre deve lançar candidatos pelo DEM em 2016» 
  17. «Em carro do MBL, João Dória diz que sentimento no país é anti-PT». Valor Econômico 
  18. HOLIDAY, Fernando. Palestra "O Brasil pós-impeachment" proferida na Universidade Livre UFABC no dia 18 de outubro de 2016. 2016.
  19. Amaral, Marina (23 de junho de 2015). «A nova roupa da direita». Pública: Agência de reportagem e jornalismo investigativo. Consultado em 23 de julho de 2017 
  20. Phillips, Dom (26 de julho de 2017). «Brazil's right on the rise as anger grows over scandal and corruption». the Guardian 
  21. Azevedo, Rita. «Conheça a startup que surgiu para fazer protestos». Exame. Abril. Consultado em 18 de agosto de 2015 
  22. «Líderes do Movimento Brasil Livre são recebidos como estrelas». Época. Globo. Consultado em 18 de agosto de 2015 
  23. «MBL faz congresso pós-eleição e prega escudo a aliados e radicalização nas redes». br.noticias.yahoo.com. Consultado em 21 de janeiro de 2023 
  24. Brasília, O. Tempo (19 de janeiro de 2023). «MBL quer virar partido e lançar Danilo Gentili à Presidência | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 21 de janeiro de 2023 
  25. «MBL anuncia nome de novo partido em evento com Kim Kataguiri, Arthur do Val e Sérgio Moro; confira». Estadão. Consultado em 5 de novembro de 2023 

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