Neutralidade da moeda

A neutralidade da moeda é a ideia de que uma mudança no estoque de moeda afeta somente variáveis nominais da economia, tais como preços, salários, taxa de câmbio, com nenhum efeito sobre variáveis reais (ajustadas pela inflação, como emprego, Produto Interno Bruto e consumo real.[1]

A neutralidade da moeda é uma ideia importante na economia clássica e relaciona-se à dicotomia clássica. Ela implica que o banco central não afeta a economia real (e.g., o número de empregos, o tamanho do PIB real, o montante de investimento real) ao imprimir dinheiro. Ao invés disso, qualquer aumento na oferta de moeda seria compensado por um aumento proporcional nos preços e salários. Essa suposição está por trás de alguns modelos macroeconômicos ortodoxos (e.g., teoria dos ciclos reais de negócios) enquanto outros, como os monetaristas veem o dinheiro como sendo neutro no longo prazo. já para os austríacos as manipulações artificiais na moeda e no cŕedito são as causas para a inflação, desemprego e recessão. [2]

A superneutralidade da moeda é uma propriedade mais forte do que neutralidade da moeda. Ela sustenta que não só a economia real não é afetada pelo nível de oferta de moeda, mas também que a taxa de crescimento da oferta monetária não tem nenhum efeito nas variáveis reais. Neste caso, os salários e os preços nominais permanecem proporcionais à oferta monetária nominal não só em resposta a mudanças permanentes e abruptas na oferta monetária nominal, mas também em resposta mudanças permanentes na taxa de crescimento da oferta monetária nominal. Normalmente, a superneutralidade é abordada no contexto de modelos de longo prazo.

  1. Patinkin, Don (1987), Neutrality of Money, Palgrave 
  2. Iorio, Ubiratan Jorge. Dez Lições Fundamentais de Economia Austríaca. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil. pp. 67–67. ISBN 978-85-8119-050-1 

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search