Occupy Wall Street

Vídeo: Naomi Klein fala aos ocupantes, em 6 de outubro de 2011. Como o uso de sistema de som é proibido, as pessoas mais próximas repetem o que ouvem para que os demais acompanhem o discurso.

Occupy Wall Street (em português: Ocupe Wall Street), conhecido pela sigla OWS, é um movimento de protesto contra a desigualdade econômica e social, a ganância, a corrupção e a indevida influência das empresas — sobretudo do setor financeiro — no governo dos Estados Unidos. Iniciado em 17 de setembro de 2011, no Zuccotti Park, no distrito financeiro de Manhattan, na cidade de Nova York, o movimento ainda continua, denunciando a impunidade dos responsáveis e beneficiários da crise financeira mundial. Posteriormente surgiram outros movimentos Occupy por todo o mundo.

As manifestações foram a princípio convocadas pela revista canadense Adbusters, inspirando-se nos movimentos árabes pela democracia, especialmente nos protestos na Praça Tahrir, no Cairo,[1] que resultaram na Revolução Egípcia de 2011.[2] A denúncia de que o megainvestidor George Soros seria um financiador do movimento foi desmentida pela própria agência que divulgara a versão.[3]

No dia 1 de outubro de 2011, o protesto mobilizou de cinco a dez mil pessoas. Ao longo dos últimos meses de 2011, uma onda de protestos semelhantes espalhou-se por diversas outras cidades nos Estados Unidos (Boston, Chicago, Los Angeles,[4] Portland, São Francisco, entre outras), na Europa e em outras partes do mundo.[5]

A estratégia do movimento é manter uma ocupação constante de Wall Street, o setor financeiro da cidade de Nova Iorque. As pessoas se organizam em assembleias gerais, nas quais todas podem falar e participar das decisões coletivas.[6] Os manifestantes indicaram que a ocupação será mantida "pelo tempo que for necessário para atendimento às demandas."O slôgane, We are the 99% ("Nós somos os 99%"), refere-se à crescente desigualdade na distribuição de renda riqueza nos Estados Unidos entre o 1% mais rico e o resto da população. Para promover mudança OWS aposta na ação direta .[7]

No site occupywallst.org,[8] o OWS é descrito como um movimento de resistência, sem liderança, "com pessoas de muitas cores, gêneros e opiniões políticas. A única coisa que todos temos em comum é que nós somos os 99% que não vão mais tolerar a ganância e a corrupção de 1%. Estamos usando a tática revolucionária da Primavera Árabe para alcançar nossos fins e encorajar o uso da não violência para maximizar a segurança de todos os participantes. Este movimento #OWS dá poder a pessoas reais para criar uma mudança real, de baixo para cima. Queremos ver uma assembleia em todo quintal, toda esquina, porque nós não precisamos de Wall Street e não precisamos de políticos para construir uma sociedade melhor."

Para o Nobel de Economia Joseph Stiglitz, OWS tem poucas reivindicações econômicas, mas luta por uma democracia não controlada pelo dinheiro. Isso o torna revolucionário.[9]

  1. «Tahrir Square protesters send message of solidarity to Occupy Wall Street». The Guardian. 25 de outubro de 2011. Consultado em 30 de novembro de 2011 
  2. «'Occupy Wall Street' to Turn Manhattan into 'Tahrir Square'». International Business Times New York. 17 de setembro de 2011. Consultado em 30 de novembro de 2011. Arquivado do original em 21 de maio de 2012 
  3. «Soros: not a funder of Wall Street protests». Reuters. Consultado em 23 de novembro de 2011 
  4. «Polícia cerca acampamento do "Ocupe Wall Street" em Los Angeles». Folha.com. 28 de novembro de 2011. Consultado em 2 de dezembro de 2011 
  5. «Hundreds of Occupy Wall Street protesters arrested». BBC News. 2 de outubro de 2011. Consultado em 30 de novembro de 2011 
  6. «Does 'Occupy Wall Street' have leaders? Does it need any?». The Christian Science Monitor. 10 de outubro de 2011. Consultado em 30 de novembro de 2011 
  7. «Intellectual Roots of Wall St. Protest Lie in Academe — Movement's principles arise from scholarship on anarchy». The Chronicle of Higher Education. Consultado em 23 de fevereiro de 2012 
  8. Occupywallst.org
  9. «Um Nobel de Economia explica Occupy Wall Street» . Artigo de Joseph Stiglitz (tradução: Antonio Martins). Outras palavras, 8 de novembro de 2011.

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search