Panateneias

Vaso (c. 530 a.C.) onde se mostram participantes nos jogos

As panateneias (ou Panatenaias) eram festas realizadas em homenagem à deusa grega Atena. Para homenagear Atena, eram realizadas as pequenas e as grandes panateneias. As primeiras eram anuais e as segundas, mais importantes, eram promovidas a cada quatro anos. Acredita-se que essas festas tinham como objetivo agradar à sábia deusa, para que ela protegesse as colheitas. Durante a cerimônia de abertura das grandes panateneias, passava por Atenas um navio ornado pelo véu de Minerva, um rico manto bordado pelas mais hábeis fiandeiras, tecelãs e jovens das mais tradicionais famílias atenienses. As mulheres carregavam cestos com utensílios para os sacrifícios; os rapazes, vasos com óleo e vinho; e os velhos, ramos de oliveira.

Na celebração das panateneias, cada tribo da Ática homenageava a deusa Atena e imolava um boi, cuja carne era em seguida distribuída ao povo. Além dos grandes sacrifícios e ritos religiosos, nas Grandes Panatenéias eram promovidos concursos de beleza para escolher o rapaz mais forte e belo, eventos artísticos, hípicos, atléticos, náuticos e de ataque e defesa. No torneio hípico era disputada uma prova deveras perigosa. O carro transportava dois aurigas, ou cocheiros; enquanto um deles conduzia o veículo, o outro saltava para fora e para dentro do carro, com os cavalos a todo galope. Esse evento está registrado em uma escultura que ornamenta um dos frisos internos do Partenon.

Aos vencedores eram outorgados prêmios de 300 e 200 dracmas (unidade monetária), respectivamente para o primeiro e o segundo colocados. Os vitoriosos nas lutas e eventos atléticos recebiam diversos vasos de cerâmica contendo azeite feito com os frutos da oliveira sagrada, considerada propriedade de Atena. O programa de atletismo incluía uma prova de revezamento chamada "lampadodromia" ou "corrida das tochas". Cada equipe era formada por quarenta atletas, dispostos a vinte e cinco metros uns dos outros. Cobriam a distância que ia da muralha da cidade ao altar de Prometeu, o titã que roubou o fogo para o entregar aos humanos. A tocha passava de mão em mão, a chama não podia se apagar e vencia a equipe que conseguisse acender a fogueira colocada no marco de chegada.


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