Queda de Constantinopla

 Nota: Este artigo é sobre a conquista otomana. Para a conquista pelos cruzados, veja Cerco de Constantinopla (1204).
Cerco de Constantinopla
Guerras bizantino-otomanas

O cerco de Constantinopla (miniatura de 1455)
Data 6 de abril a 29 de maio de 1453
Local Constantinopla, atual Istambul
Desfecho
Beligerantes
Comandantes
Forças
7 000[2]
26 navios[3]
80 000[4]-200 000[5][6]
126 navios[7]
Baixas
4 000 mortos[8] Desconhecidas (acredita-se que pesadas, devido às várias tentativas fracassadas)

Queda de Constantinopla (em grego medieval: Ἅλωσις τῆς Κωνσταντινουπόλεως; romaniz.: Halōsis tēs Kōnstantinoupoleōs; em turco: İstanbul'un Fethi) foi a captura da capital do Império Bizantino pelo exército invasor otomano no domingo de Pentecostes, 29 de maio de 1453. Os atacantes foram comandados pelo sultão Maomé II, o Conquistador, de 21 anos, que derrotou soldados comandados pelo imperador Constantino XI Paleólogo e assumiu o controle da capital imperial, encerrando um cerco militar de 53 dias, iniciado em 6 de abril de 1453. Após conquistar a cidade, o sultão Maomé II transferiu a capital do Estado otomano de Edirne para Constantinopla e estabeleceu sua corte ali.

A captura da cidade (e dois outros territórios bizantinos fragmentados logo depois) marcou o fim do Império Romano, um Estado datado do ano 27 a.C. e que continuou no leste 977 anos após a queda do Império Romano do Ocidente.[9] A conquista de Constantinopla também causou um duro golpe à defesa da Europa continental cristã, pois os exércitos otomanos muçulmanos ficaram sem obstáculo para avançar pelo continente europeu.

Foi também um momento decisivo na história militar. Desde os tempos antigos, as cidades usavam muros e muralhas para se protegerem dos invasores e as fortificações substanciais de Constantinopla eram um modelo seguido pelas cidades da região do Mediterrâneo e de toda a Europa. Os otomanos finalmente prevaleceram devido ao uso da pólvora (que alimentava canhões formidáveis).[10]

A conquista da cidade de Constantinopla e o fim do Império Bizantino[11] foi um evento importante no final da Idade Média que também marca, para alguns historiadores, o fim do período medieval.[12] O primeiro historiador a definir este evento como o fim do período medieval foi Cellarius.[13]

  1. William Miller, Trebizond: The last Greek Empire of the Byzantine Era: 1204-1461, 1926 (Chicago: Argonaut, 1969), pp. 100-106
  2. Sir Steven Runciman - The Fall of Constantinople
  3. Nicolle 2000, p. 45.
  4. Norwich, John Julius (1997). A Short History of Byzantium. Nova Iorque: Vintage Books 
  5. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Pertusi
  6. The Destruction of the Greek Empire, Edwin Pears
  7. Nicolle 2000, p. 44.
  8. FRANTZES, Jorge. The Fall of the Byzantine Empire. [S.l.: s.n.] 
  9. Momigliano & Schiavone (1997), Introduction ("La Storia di Roma"), p. XXI
  10. «The fall of Constantinople». The Economist. 23 de dezembro de 1999. Consultado em 7 de junho de 2017. Cópia arquivada em 18 de junho de 2017 
  11. Frantzes, Georgios; Melisseidis (Melisseides), Ioannis (Ioannes) A.; Zavolea-Melissidi, Pulcheria (2004). Εάλω η ΠόλιςΤ•ο χρονικό της άλωσης της Κωνσταντινούπολης: Συνοπτική ιστορία των γεγονότων στην Κωνσταντινούπολη κατά την περίοδο 1440 – 1453 [The City has Fallen: Chronicle of the Fall of Constantinople: Concise History of Events in Constantinople in the Period 1440–1453] (em grego) 5 ed. Athens: Vergina Asimakopouli Bros. ISBN 9607171918 
  12. Foster, Charles (22 de setembro de 2006). «The Conquest of Constantinople and the end of empire». Contemporary Review. Arquivado do original em 11 de junho de 2009. It is the end of the Middle Ages )
  13. Le Goff, Jacques (2015). A história deve ser dividida em pedaços?. São Paulo: Editora UNESP. p. 26 

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