Raul Seixas

 Nota: Para o 11º álbum do músico, veja Raul Seixas (álbum).
Raul Seixas
Raul Seixas
Em 1972
Informação geral
Nome completo Raul Santos Seixas
Também conhecido(a) como Raulzito
Maluco Beleza
Pai do Rock Brasileiro
Nascimento 28 de junho de 1945
Local de nascimento Salvador, BA
Brasil
Morte 21 de agosto de 1989 (44 anos)
Local de morte São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s)
Ocupação(ões)
Cônjuge Edith Wisner (c. 1967; div. 1974)
Glória Vaquer (c. 1975; div. 1978)
Ângela Affonso Costa (c. 1980; div. 1985)
Instrumento(s)
Modelos de instrumentos Gibson ES-335 (1973–1977);
Guild 1954 (1977–1989)
Período em atividade 1963–1989 (26 anos)
Gravadora(s)
Afiliação(ões)

Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945[3]São Paulo, 21 de agosto de 1989) foi um cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista brasileiro, frequentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. Também foi produtor musical da CBS, durante sua estadia na cidade do Rio de Janeiro e, por vezes, é chamado de Pai do Rock Brasileiro e Maluco Beleza. Sua obra musical é composta por dezessete discos lançados durante 26 anos de carreira. Seu estilo musical é tradicionalmente classificado como rock e baião, e de fato conseguiu unir ambos os gêneros em músicas como Let me Sing, Let me Sing.[4] Seu álbum de estreia, Raulzito e os Panteras (1968) foi produzido quando integrava o grupo Raulzito e os Panteras, mas só ganhou notoriedade crítica e de público com músicas como Ouro de Tolo, Mosca na Sopa e Metamorfose Ambulante, do álbum Krig-ha, Bandolo!, de 1973. Raul Seixas tinha um estilo musical que era chamado de "contestador e místico". Isso se deve aos ideais que defendia, como a Sociedade Alternativa apresentada no álbum Gita, lançado em 1974, influenciado por figuras como o ocultista britânico Aleister Crowley.

Cético e agnóstico,[5][6][7] Raul se interessava por filosofia (principalmente metafísica e ontologia), psicologia, história, literatura e latim. Algumas ideias dessas correntes foram muito aproveitadas em sua obra, que possuía uma recepção boa ou de curiosidade por conta disso.[8] Foi um dos artistas mais aplaudidos na década do seu surgimento. Nos anos 1980, obteve declínio mas continuou produzindo álbuns que venderam bem, como Raul Seixas (1983), Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! (1987) e A Panela do Diabo (1989), esse último em parceria com o também baiano e amigo Marcelo Nova.[9] Sua obra musical tem aumentado continuamente de tamanho, na medida em que seus discos (principalmente álbuns póstumos) continuam a ser vendidos, tornando-o um símbolo do rock do país e um dos artistas mais cultuados e queridos entre os fãs nos últimos anos. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Raul Seixas na 19ª posição, superando nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Heitor Villa-Lobos e outros.[10] No ano anterior, a mesma revista promoveu a Lista dos Cem Maiores Discos da Música Brasileira, onde dois de seus álbuns apareceram: Krig-ha, Bandolo!, na 12ª posição e Novo Aeon, na 53ª posição.[11]

  1. Paula Carvalho (21 de agosto de 2012). «23 anos sem Raul Seixas». Estadão 
  2. Pedro Alexandre Sanches. «Folha de S.Paulo - Discos/Lançamento - "Maluco Beleza": Universal reata com o brega subversivo de Raul Seixas». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 24 de julho de 2021 
  3. «Fãs visitam túmulo de Raul Seixas no dia em que roqueiro faria 70 anos». Portal G1 Bahia. 28 de junho de 2015. Consultado em 18 de julho de 2015 
  4. Rodrigo Moreira (2000). Eu quero é botar meu bloco na rua: a biografia de Sérgio Sampaio. [S.l.]: Muiraquitã. 14 páginas. 9788585483838 
  5. Raul Seixas: A verdade do Universo. Acesso em 17 de julho de 2015. "(...) eu sou cético, agnóstico..."
  6. Raul Seixas: Um Produtor de Mestiçagens Musicais e Midiáticas. Acesso em 17 de julho de 2015. "O repertório era complicado, minhas letras falavam de agnosticismo, essas coisas intelectuais."
  7. Ateísmo presente em legado de Raul Seixas. Acesso em 17 de julho de 2015. "O que posso chegar mais perto enquanto classificação é o agnosticismo".
  8. Pereira (?), p. 36
  9. Pedro Siqueira. «Cantor Marcelo Nova, do Camisa de Vênus, fala sobre Raul Seixas, política e shows de reunião». Diario de Pernambuco. Consultado em 26 de janeiro de 2016 
  10. Da redação (15 de outubro de 2008). «Revista escolhe os 100 maiores da música brasileira;». Bol. Consultado em 30 de maio de 2014 
  11. «Os 100 Maiores Discos da Música Brasileira». Rolling Stone 

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