Realpolitik

Realpolitik (em alemão «política realística») refere-se à política ou diplomacia baseada principalmente em considerações práticas, em detrimento de noções ideológicas. O termo é frequentemente utilizado pejorativamente, indicando tipos de política que são coercitivas, imorais ou maquiavélicas. Pensadores como Maquiavel e Nietzsche defendem a Realpolitik como um tipo de realismo político segundo o qual as relações de poder tendem a solapar todas as pretensões de fundamentação moral, num tipo de ceticismo moral análogo ao do argumento de Trasímaco na República de Platão.[1]

Henry Kissinger conceitua Realpolitik como sendo “política exterior baseada em avaliações de poder e interesse nacional”.[2]

O termo também refere-se a promulgar ou engajar-se em políticas diplomáticas ou políticas com base principalmente em considerações de determinadas circunstâncias e fatores, em vez de estritamente vinculativa a noções ideológicas explícitas ou a premissas morais e éticas. Nesse sentido, compartilha aspectos de sua abordagem filosófica com os do realismo e do pragmatismo. Muitas vezes é simplesmente referido como "pragmatismo" na política, por exemplo, "prosseguir políticas pragmáticas" ou "políticas realistas". Embora muitas vezes usado como um termo positivo e neutro, o termo Realpolitik às vezes também é usado negativamente por implicar políticas que são percebidas como coercitivas, amorais ou maquiavélicas . Proponentes proeminentes da Realpolitik durante o século 20 incluem Henry Kissinger, George F. Kennan, Zbigniew Brzezinski e Hans-Dietrich Genscher, bem como políticos como Charles De Gaulle e Lee Kuan Yew.[3]

  1. Ética geral, por Nythamar de Oliveira. PUCRS, 2009.
  2. Kissinger, Henry [Diplomacy, p. 137, New York, Simon and Schuster], 1994.
  3. «Hans-Dietrich Genscher: A Life of Longing for Stability». www.handelsblatt.com (em inglês). Consultado em 1 de março de 2022 

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search