Rita Lee

Rita Lee
Rita Lee
Lee em 2010
Nome completo Rita Lee Jones de Carvalho
Pseudônimo(s) Rainha do rock brasileiro
Nascimento 31 de dezembro de 1947
Vila Mariana, São Paulo, SP
Morte 8 de maio de 2023 (75 anos)
São Paulo, SP
Causa da morte complicações de câncer de pulmão
Nacionalidade brasileira
Cônjuge
Filho(a)(s) 3 (incluindo Beto)
Ocupação
Carreira musical
Período musical 1963–2023[nota 1]
Gênero(s)
Instrumento(s)
Gravadora(s)
Afiliações
Assinatura
Página oficial
ritalee.com.br

Rita Lee Jones de Carvalho OMCORB (nascida Rita Lee Jones; São Paulo, 31 de dezembro de 1947[3][4] – São Paulo, 8 de maio de 2023)[5][6] foi uma cantora, compositora, multi-instrumentista, apresentadora, atriz, escritora e ativista brasileira. Conhecida como a "Rainha do rock brasileiro",[7][8] ultrapassou a marca de 55 milhões de discos vendidos, sendo assim a artista feminina mais bem-sucedida em vendas no Brasil e a quarta no geral, atrás de Tonico & Tinoco, Roberto Carlos e Nelson Gonçalves.[9] Construiu uma carreira que começou com o rock, mas que ao longo dos anos flertou com diversos gêneros, como a psicodelia, durante a era do tropicalismo, o pop rock, disco, new wave, o pop, bossa nova e eletrônica, criando um hibridismo pioneiro entre gêneros internacionais e nacionais.[10]

Rita foi considerada uma das musicistas mais influentes do Brasil, sendo referência para aqueles que vieram a usar guitarra a partir de meados dos anos 1970.[11] Ex-integrante do grupo Os Mutantes (1966–1972) e do Tutti Frutti (1973–1978), participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade. Suas canções, em geral regadas com uma ironia ácida ou com uma reivindicação da independência feminina,[12] tornaram-se onipresentes nas paradas de sucesso, entre as mais populares estão "Ovelha Negra", "Mania de Você", "Lança Perfume", "Agora Só Falta Você", "Baila Comigo", "Banho de Espuma", "Desculpe o Auê", "Erva Venenosa", "Amor e Sexo", "Flagra" e "Doce Vampiro". O álbum Fruto Proibido (1975), lançado com a banda Tutti Frutti, é comumente visto como um marco fundamental na história do rock brasileiro, considerado por alguns como sua obra-prima.[13]

Em 1976 iniciou um relacionamento amoroso com o multi-instrumentista e compositor Roberto de Carvalho, que foi o parceiro da maioria das composições de Rita. Nesse período, ela lançou uma série de discos — como Rita Lee (1979), Rita Lee (1980), Saúde (1981), Rita Lee e Roberto de Carvalho (1982) —, que se tornaram grandes sucessos de vendas e consolidou sua popularidade. O casal teve três filhos, entre eles o guitarrista Beto Lee, que acompanhava os pais nos shows. Rita era vegana e defensora dos direitos dos animais. Com uma carreira de sessenta anos, a artista passou da inovação e do gueto musical dos anos 1960 e 1970, para as baladas românticas de muito sucesso nos anos 1980 e uma revolução musical,[14] apresentando-se com inúmeros artistas, entre eles Elis Regina, João Gilberto e a banda Titãs. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a lista dos cem maiores artistas da música brasileira, onde ela ocupa o 15° lugar.[15] Em 2023, Rita, que havia sido diagnosticada com câncer de pulmão dois anos antes, morreu aos 75 anos, em 8 de maio.[16]

  1. «Rita Lee diz que vai se aposentar dos shows, alegando 'fragilidade física'». Correio Braziliense. 23 de janeiro de 2012. Consultado em 15 de abril de 2023 
  2. «Change: primeira música inédita de Rita Lee em nove anos». Correio Braziliense. 28 de setembro de 2021. Consultado em 21 de abril de 2023 
  3. Dip, Andrea (16 de abril de 2011). «Rita Lee encerra show na Virada Cultural com discurso sério e grandes sucessos». R7. Consultado em 22 de julho de 2012 
  4. «Comunicado do falecimento de Rita Lee em sua conta oficial no Instagram». Instagram. 9 de maio de 2023. Consultado em 10 de maio de 2023. Cópia arquivada em 10 de maio de 2023 
  5. «Longe dos palcos, Rita Lee viveu na Granja Viana e compartilhava a vida com a natureza». Cotia e Cia | Aqui a notícia chega primeiro. Consultado em 11 de maio de 2023 
  6. «Filho de Rita Lee desabafa após voltar para a casa em que a mãe morava: "Travei"». Folha Vitória. 19 de maio de 2023. Consultado em 2 de junho de 2023 
  7. Alves, Luciano. O melhor do rock Brasil: melodias cifradas para guitarra, violão e teclados, p. 5. São Paulo: Irmãos Vitale, 2001. ISBN 8574071331
  8. Oliveira, Marcio Castro. Um amor de verão. [S.l.]: Biblioteca 24 Horas. ISBN 9788578936006 
  9. Barcinski 2014, p. 137.
  10. Süssekind, Flora; Dias, Tânia; Azevedo, Carlito (2003). Vozes femininas: gêneros, mediações e práticas da escrita. 2003: 7Letras. pp. 421–422. ISBN 9788575770269 
  11. Preto, Marcus. "Não nasci para casar e lavar cuecas", revela Rita Lee. Rolling Stone Brasil. Consultado em 15 de julho de 2019.
  12. Gláucia Costa de Castro Pimentel, "Mutações em cena: Rita Lee e a Resistência Contracultural". Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 11 (2): 7-20, dez. 2003. Disponível aqui.
  13. Roberto Nascimento, "Esse tal de Rock... ACERTOU". Estadão (18 de dezembro de 2010). Acesso: 28 de julho, 2011.
  14. Almir Chediak, Rita Lee Songbook, p.10. Irmãos Vitale, 1990.
  15. Rolling Stone Brasil, ed. (16 de outubro de 2008). «Os 100 Maiores Artistas da Música Brasileira». Consultado em 10 de maio de 2023 
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