Sapor I

 Nota: Para outros significados, veja Sapor.
Sapor I
Xainxá de arianos e não-arianos
Sapor I
Efígie de Sapor num dracma de seu reinado. Sobre sua coroa mural usa penteado corimbo
xá do Império Sassânida
Reinado 12 de abril de 240-maio de 270
Consorte de Cornanzém
Aduranaíde
Estariade
Nadira (?)
Curdezade (?)
Antecessor(a) Artaxes I
Sucessor(a) Hormisda I
 
Morte maio de 270
  Bixapur
Descendência Hormisda I
Narses I
Sapor
Vararanes I
Aduranaíde
Saburductace
Jobias (?)
Dinastia sassânida
Pai Artaxes I
Mãe Murrode ou Denaces
Religião Zoroastrismo

Sapor I,[1] Xapur I[2] ou Chapur I[3] (em latim: Sapor; em persa médio: 𐭱𐭧𐭯𐭥𐭧𐭥𐭩, Šābūhr; em persa: شاپور; romaniz.: Šāpūr; em árabe: الصبور, al-Sābūr), também chamado Sapor, o Grande, foi o 2.º xá do Império Sassânida. A datação de seu reinado é disputada, mas geralmente se afirma que reinou de 240 até 270, embora se admita que reinou como coimperador de seu pai Artaxes I antes da morte dele em 242. Ainda correinando com seu pai, ajudou na conquista e destruição da cidade árabe de Hatra, cuja queda teria sido facilitada, segundo a tradição islâmica, pelas ações de sua futura esposa Nadira. Então, consolidou e expandiu o império de Artaxes e conduziu guerra contra o Império Romano (242–244), tomando Nísibis e Carras e avançando fundo na Síria. Foi derrotado na Batalha de Resena de 243 pelo imperador Gordiano III (r. 238–244), mas foi capaz de concluir um acordo de paz favorável em 244 com o imperador seguinte, Filipe, o Árabe (r. 244–249), uma paz tida como "o tratado mais vergonhoso" que os romanos assinaram com um líder estrangeiro até então.

Em 252/253, aproveitou-se do tumulto político dentro do Império Romano e avançou na Síria, Anatólia e Armênia. Conseguiu saquear Antioquia. Em 256, novamente invadiu o Império Romano e destruiu Dura Europo. Em 260, derrotou Valeriano na Batalha de Edessa e capturou-o. Em suas vitórias sobre os romanos, não pareceu interessado em ocupar permanentemente as províncias latinas, optando por partir com vasto butim. Os cativos de Antioquia, por exemplo, foram alocados na recém-reconstruída cidade de Bendosabora, mais tarde famosa como centro de erudição. Na década de 260, sofreu revezes sob Odenato, líder árabe de Palmira. Em seus últimos anos, segundo suas inscrições, ainda se manteve ativo na corte, realizando demonstrações de arquearia e realizando caças. Faleceu devido a uma doença em Bixapur em maio de 270.

Sapor foi representado em vários baixos-relevos. Foi o primeiro rei da Pérsia a usar o título de rei de reis de arianos e não-arianos ao deportar muitos romanos em suas campanhas no Império Romano e promoveu a reforma religiosa no Império Sassânida, indicando favor a Maniqueu, fundador do maniqueísmo. Além disso, construiu novos templos de fogo zoroastristas, incorporou elementos novos a fé da Pérsia a partir de fontes gregas e indianas e conduziu um amplo programa de reconstrução e refundação de cidades. Suas medidas causam a ascensão da posição do clero zoroastrista, a tolerância religiosa e aceleram o espalhar do judaísmo, maniqueísmo e cristianismo na Pérsia. Também faz importantes reformas no sistema monetário persa a partir da cunhagem de seu pai e o exército passa por transformações em seu tempo.

  1. EBM 1967a, p. 303.
  2. EBM 1967b, p. 618.
  3. GEPB 1950s, p. 380.

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