Sigmund Freud

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Sigmund Freud
Sigmund Freud
Sigmund Freud, por Max Halberstadt, em 1922.[1]
Nascimento 6 de maio de 1856
Freiberg in Mähren, Morávia, Império Austríaco
(hoje Příbor, República Checa)
Morte 23 de setembro de 1939 (83 anos)
Londres, Inglaterra, Reino Unido
Nacionalidade austríaco (1856-1867)
austro-húngaro (1867-1918)
austríaco (1918-1939)
Cônjuge Martha Bernays (1886–1939)
Filho(a)(s) 6, incluindo Ernst e Anna
Alma mater Universidade de Viena
Prêmios Prêmio Goethe
Escola/tradição Psicanálise (fundador)
Principais interesses Neurologia, psiquiatria, psicologia, psicoterapia, psicanálise, literatura
Religião nenhuma (ateísmo)[2]
Assinatura

Sigmund Freud (nascido Sigismund Schlomo Freud;[3] Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856Londres, 23 de setembro de 1939) foi um médico neurologista e importante psicanalista austríaco. Freud foi o criador da psicanálise e a personalidade mais influente da história no campo da psicologia.[4] A influência de Freud pode ser observada ainda em diversos outros campos do conhecimento e até mesmo na cultura popular, inclusive no uso cotidiano de palavras que se tornaram recorrentes, mas que surgiram a partir de suas teorias. Expressões como "neurose", "repressões", "projeções" popularizaram-se a partir de seus escritos.[5]

Freud nasceu em uma família judaica, na cidade de Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco, atualmente, denominada Příbor, na República Checa.[6] Iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose no tratamento de pacientes diagnosticados, à época, com histeria, como forma de acesso aos seus conteúdos mentais. Ao observar a melhora dos pacientes tratados pelo médico francês Charcot por meio da hipnose, Freud elaborou a hipótese de que a causa da histeria era de ordem psicológica, e não orgânica. Tal hipótese serviu de base para outros conceitos desenvolvidos por Freud, como o do inconsciente.[7]

Freud também é conhecido por suas teorias do complexo de édipo e da repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento das psicopatologias, através da escuta do paciente. Freud acreditava que o libido era a energia motivacional primária da vida humana. Sua obra fez surgir uma nova compreensão do ser humano, como um animal dotado de razão imperfeita e influenciado por seus desejos e sentimentos. Segundo Freud, a contradição entre esses impulsos e a vida em sociedade gera, no ser humano, certos tormentos psíquico. Ele tinha uma visão biopsicossocial do ser humano. Fatos como a descrição de pacientes curados através do diálogo por Josef Breuer e a morte do colega Ernst von Fleischl-Marxow por overdose do antidepressivo da época, a cocaína, levaram-no ao abandono das técnicas de hipnose e a descartar o uso medicamentoso de drogas em detrimento a um novo método: a cura pela fala, ou seja, a psicanálise. Para isso utilizou a interpretação de sonhos e a livre associação como vias de acesso ao inconsciente.[8][9]

Suas teorias e seus tratamentos clínicos foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos até hoje. A despeito de sua grande influência, Freud sofreu críticas de diversas natureza, sendo constante alvo de críticas dos mais variados espectros políticos, de diversas vertentes religiosas e de confrontações de cunho propriamente científico-epistemológico.[10] Contudo, a psicanálise de Freud segue se desenvolvendo através de estudos e práticas clínicas na área, com a contribuição de teóricos e clínicos que o sucederam. Alguns de seus herdeiros intelectuais criaram suas próprias teorias, mas sempre com base nos pressupostos intrínsecos colocados por Freud, como a noção de inconsciente e transferência.

  1. «Sigmund Freud - 1922» (em inglês). The New York Times Store. Consultado em 2 de abril de 2010 
  2. H.C. Tauxe (1974). Freud et le besoin religieux. [S.l.]: L'Age d'Homme 
  3. O'Donoghue, Diane (18 de outubro de 2018). On Dangerous Ground: Freud’s Visual Cultures of the Unconscious (em inglês). [S.l.]: Bloomsbury Publishing USA 
  4. Zhang, S. (2020, April). Psychoanalysis: The Influence of Freud’s Theory in Personality Psychology. In International Conference on Mental Health and Humanities Education (ICMHHE 2020) (pp. 229-232). Atlantis Press. Página 229 (em inglês)
  5. Gay 2012, p. 15.
  6. «Cronologia». Com Ciência. 10 de outubro de 2000. Consultado em 2 de abril de 2010 
  7. «Tratamento de pacientes histéricas por hipnose revolucionou o pensamento de Freud» (em inglês). Folha Online. 23 de setembro de 2008. Consultado em 2 de abril de 2010 
  8. Kennard, Jerry (12 de fevereiro de 2008). «Freud 101: Psychoanalysis» (em inglês). HealthCentral. Consultado em 2 de abril de 2010 
  9. «Sigmund Freud». São Paulo: Editora Abril. Aventuras na História (121): 34-35. 2013 
  10. Gay 2012, p. 14.

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