Sonoplastia

Sonoplastia é a comunicação pelo som. Abrangendo todas as formas sonoras - música, efeitos sonoros e falas, e recorrendo à manipulação de registros de som, a sonoplastia estabelece uma linguagem através de signos e significados, que se dividem em ruídos naturais e ruídos de efeito.

Sonoplastia (do Lat. sono, som + Gr. plastós, modelado) é um termo exclusivo da língua portuguesa que surge na década de 60 com o teatro radiofônico, como a reconstituição artificial dos efeitos sonoros que acompanham a ação. Esta definição é extensiva ao teatro, cinema, rádio, televisão e web. Antes designada como composição radiofônica, tinha por função a recriação de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos, elementos que em teatro radiofônico têm que ser ilustrados ou aludidos sonoramente. Incluía ainda a gravação e montagem de diálogos e a seleção, a gravação e alinhamento de música com uma função dramatúrgica na ação ou narração. O sonorizador, auxiliado por um contra-regra que produzia efeitos sonoros em direito (foley effects / bruitage), tais como a abertura de uma porta à chave e o consequente fechamento, passos caminhando em pisos de diferentes superfícies, ou o galope de um cavalo efetuado com casca de coco percutida, ou ainda auxiliado por um operador de som que manipulava os discos de efeitos sonoros de 78 RPM, controlava a mistura dos vários elementos sonoros com a voz gravada.

A sua posterior associação à televisão e ao cinema documental toma sutis variações e formas, recorrendo aí com maior incidência à seleção de músicas para o acompanhamento de sequências de imagem, ou como música de fundo de uma narração.

Todo o som utilizado em uma construção sonora audiovisual tem o objetivo de ilustrar/destacar movimentos ou ações que ocorrem na sequência de uma cena, diálogo, locução, etc. A montagem do áudio na sonoplastia pode conter elementos que reforcem a naturalidade do que está ocorrendo, ou fazer com que o receptor tenha uma percepção diferente do que seria o som natural daquela ação.

Para a realização de criações sonoras, podemos classificar os efeitos sonoros em dois tipos:

Efeitos editoriais - São eventos sonoros que não exigem grande complexidade de obtenção e manipulação, por exemplo: ruídos de rato, buzinas, assovios, etc.

Efeitos principais - São eventos sonoros que necessitam um trabalho de produção e pesquisa mais elaborados. Muitas coisas na criação daquele som demandam um grande tempo para ser alcançada e demanda um grande esforço criativo do sonoplasta. Por exemplo: som de uma nave espacial que percorre velocidades enormes, sons de animais extintos.


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