Tratado de Versalhes (1919)

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Tratado de Versalhes
Tratado de Versalhes
Tratado de Paz entre os Aliados e Potências Associadas e a Alemanha
Tratado de Versalhes (1919)
Página frontal da versão em inglês
Local de assinatura Paris, França
Signatário(a)(s) Reich Alemão

Império Britânico

França

Itália

Japão

Estados Unidos

Depositário(a) Governo francês
Assinado 28 de junho de 1919
Em vigor 10 de janeiro de 1920
Condição Ratificação pela Alemanha e pelas três principais Potências Associadas
Publicação
Língua(s) francês e inglês

Art. 45 – A Alemanha cede à França a propriedade absoluta [...], com direito total de exploração, das minas de carvão situadas na bacia do rio Sarre.

Art. 80 – A Alemanha reconhece e respeitará estritamente a independência da Áustria.

Art. 119 – A Alemanha renuncia, em favor das potências aliadas, a todos os direitos sobre as colônias ultramarinas.

Art. 160 – O exército alemão não deverá ter mais do que sete divisões de infantaria e três de cavalaria. Em nenhum caso, a totalidade dos efetivos do exército deverá ultrapassar 100 mil homens.

Art. 171 – Estão proibidas na Alemanha a fabricação e a importação de carros blindados, tanques ou qualquer outro instrumento que sirva a objetivos de guerra.

Art. 173 – Todo serviço militar universal e obrigatório será abolido na Alemanha. O exército alemão só poderá ser constituído e recrutado através do alistamento voluntário.

Art. 232 – A Alemanha se compromete a reparar todos os danos causados à população civil das potências aliadas e a seus bens.

— trechos do Tratado de Versalhes [1]

O Tratado de Versalhes foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial, sendo que a Alemanha o classificou como diktat (imposição). Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício assinado em novembro de 1918 em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos.[2] O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.

Os termos impostos à Alemanha incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças, de todas as colônias sobre os oceanos e sobre o continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar também aceitou reconhecer a independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller, assinou o tratado em 28 de Junho de 1919.[2] O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de Janeiro de 1920. Na Alemanha, o tratado causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em 1933 e a ascensão do nazismo.

No tratado foi criada uma comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha de pagar. Em 1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados como a principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de Adolf Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura do Tratado de Versalhes.

  1. Tratado de Versalhes. In: Marques, Adhemar Martins et al. História contemporânea: textos e documentos. São Paulo: Contexto, 1999. p. 115-117; Janotti, Maria de Lourdes M. A Primeira Guerra Mundial: o confronto do imperialismo. São Paulo: Atual, 1992. p. 62-64.
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