Acre

 Nota: Este artigo é sobre o estado brasileiro. Para outros significados, veja Acre (desambiguação).
Estado do Acre
Bandeira do Acre
Brasão do Acre
Brasão do Acre
Bandeira Brasão
Lema: Nec Luceo Pluribus Impar
(Não brilho diferente dos outros)
Hino: Hino do Acre
Gentílico: acriano ou acreano[nota 1][1]

Localização do Acre no Brasil
Localização do Acre no Brasil

Localização
 - Região Norte
 - Estados limítrofes Peru, Bolívia, Amazonas e Rondônia
 - Regiões geográficas
   intermediárias
2
 - Regiões geográficas
   imediatas
5
 - Municípios 22
Capital  Rio Branco
Governo
 - Governador(a) Gladson Cameli (PP)
 - Vice-governador(a) Mailza Assis (PP)
 - Deputados federais 8
 - Deputados estaduais 24
 - Senadores Alan Rick (UNIÃO)
Márcio Bittar (UNIÃO)
Sérgio Petecão (PSD)
Área
 - Total 164 123,738 km² (16º) [2]
População 2022
 - Estimativa 924 000 hab. (25º)[3]
 - Censo 2010 733 559 hab.[3]
 - Densidade 5,63 hab./km² (24º)
Economia 2021[4]
 - PIB R$ 21.374 bilhões (25º)
 - PIB per capita R$ 23.569,31 (17º)
Indicadores 2010/2015[5][6]
 - Esperança de vida (2015) 73,6 anos (15º)
 - Mortalidade infantil (2015) 17,6‰ nasc. ()
 - Alfabetização (2010) 84,8% (18º)
 - IDH (2021) 0,710 (16º) – alto [7]
Fuso horário horário do Acre (UTC-5)
Clima equatorial Af, Am
Cód. ISO 3166-2 BR-AC
Site governamental http://www.ac.gov.br

Mapa do Acre
Mapa do Acre

Acre é uma das 27 unidades federativas do Brasil.[8] Localiza-se no sudoeste da Região Norte, fazendo divisa com duas unidades federativas: Amazonas ao norte e Rondônia a leste; e faz fronteira com dois países: a Bolívia a sudeste e o Peru ao sul e a oeste.[9] Sua área é de 164 123,040 km²,[2] que equivale aproximadamente ao Nepal.[10] Essa área responde inferiormente a 2% de todo o país.[11] De acordo com os geógrafos, se trata de um dos estados com menor densidade demográfica do Brasil e foi o mais recente que os brasileiros povoaram de maneira efetiva.[11] Nele localiza-se a extremidade ocidental do Brasil.[nota 2] A cidade onde estão sediados os poderes executivo, legislativo e judiciário estaduais é a capital Rio Branco.[12] Outros municípios com população superior a trinta mil habitantes são: Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira e Tarauacá.[13]

Somente em 1877 teve início no Acre — que naquela época pertencia à Bolívia — a chegada da quase totalidade dos migrantes que, oriundos do Nordeste do Brasil, mais precisamente do Ceará, colonizaram a região para buscar a borracha que se encontrava na Floresta Amazônica.[nota 3] Nas últimas décadas do século XIX, moravam cinquenta mil brasileiros na região.[11] Os seringueiros, lutaram com as tropas para realizar a ocupação da região e, em 1903, ao lado do último líder da Revolução Acriana, o gaúcho Plácido de Castro, foram os autores da proclamação do Estado Independente do Acre.[14] Então, a região foi ocupada militarmente pelo governo brasileiro e depois o Brasil estabeleceu diálogo diplomático com a Bolívia.[14] Em consequência, o Brasil assumiria o controle do Acre.[14]

O governo brasileiro decidiu criar o Território Federal do Acre em 1904.[15] Por força da lei federal n.º 4.070, o presidente do Brasil João Goulart elevou o Território Federal do Acre à categoria de Estado em 1962.[16] Foi promovido pela borracha produzida que o estado tinha sido ocupado e se desenvolveu. A produção de borracha declinou desde 1913.[17] Porém, ainda em tempos atuais, o Acre é um dos estados brasileiros que mais produzem e exportam borracha (hévea-latex coagulado).[18]

A altitude média de 200 metros, sendo uma forma de relevo com definição de planalto é o relevo dominante da maioria do território acriano.[19] Juruá, Purus, Tarauacá, Muru, Envira e Xapuri são os rios de maior importância do estado.[19] As principais atividades econômicas do estado são o trabalho de extrair borracha e castanha, a pecuária e a agricultura.[20] Com duas horas anteriores ao fuso horário de Brasília (DF), nele está localizada a última localidade brasileira a ter visão do sol nascente, na serra da Moa, na fronteira com a República do Peru. A intensidade do extrativismo vegetal, que tem atingido o ponto mais alto no século XX, constituiu-se em atração para os brasileiros que, vindos de uma variedade de regiões, chegaram ao estado. Misturando tradições vindas da Região Sul do Brasil, de São Paulo, da Região Nordeste do Brasil e dos grupos étnicos indígenas, deu-se o surgimento de uma culinária com muitas diversidades, que põe junto a carne-de-sol com o pirarucu, peixe característico da região, pratos que se acompanham com tucupi, molho cujo ingrediente é a mandioca. O transporte fluvial, que se concentra nos rios Juruá e Moa, no oeste do estado, e Tarauacá e Envira, no noroeste, é um dos mais importantes meios de transporte, junto à BR-364, ligando de Rio Branco até Cruzeiro do Sul e que o governo brasileiro recentemente asfaltou e construiu as pontes onde antigamente era preciso atravessar por meio de balsas.[21]


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  1. «www.al.ac.leg.br/leis/wp-content/uploads/2016/08/Lei3148.pdf» 
  2. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Consultado em 29 de agosto de 2021 
  3. a b «Estimativa Populacional 2021, IBGE». 27 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  4. «Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de novembro de 2023 
  5. «Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015» (PDF). IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016 
  6. «Sinopse do Censo Demográfico 2010». IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016 
  7. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP. «Atlas Brasil: Ranking». Consultado em 27 de março de 2023 
  8. Grupo Virtuous (2010). «Estados brasileiros». Só Geografia. Consultado em 10 de novembro de 2011 
  9. PIMENTA, Rosângela. «Acre». Brasil República. Consultado em 10 de novembro de 2011 
  10. «3. Population by sex, rate of population increase, surface area and density» (PDF) (em inglês). United Nations Statistics Division. 2007. p. 59. Consultado em 5 de setembro de 2010 
  11. a b c «Acre». Enciclopédia Delta Universal. volume 1. Rio de Janeiro: Delta. 1982. 52 páginas 
  12. «Estados e Capitais do Brasil». Sua Pesquisa. 2011. Consultado em 10 de novembro de 2011 
  13. «Dados do Censo 2010 publicados no Diário Oficial da União do dia 04/11/2010» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 4 de novembro de 2010. Consultado em 30 de outubro de 2010 
  14. a b c Rodrigo Gurgel (2011). «Revolução Acriana: Bolívia e Brasil disputam o Acre». UOL Educação. Consultado em 11 de novembro de 2011 
  15. Francisco de Paula Rodrigues Alves (30 de abril de 1904). «Decreto n.º 5.206». Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 30 de outubro de 2013 
  16. Agência de Notícias do Acre. «Acre comemora elevação à Estado nesta segunda-feira». Agência de Notícias do Acre. Consultado em 11 de novembro de 2011 
  17. Eduardo Carneiro. «A Borracha no Acre». Historianet. Consultado em 11 de novembro de 2011 
  18. Pesquisa Agrícola Municipal (2010). «Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente». Sistema IBGE de Recuperação Automática 
  19. a b Eduardo de Freitas. «Aspectos naturais do Acre». Brasil Escola 
  20. Wagner de Cerqueira e Francisco. «Economia do Acre». Brasil Escola. Consultado em 30 de outubro de 2013 
  21. «Guia do estado do Acre». Encontraac.com,br. Consultado em 11 de novembro de 2011 

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