Adriano

 Nota: Para outros significados, veja Adriano (desambiguação).
Adriano
Adriano
Imperador Romano
Reinado 10 de agosto de 117
a 10 de julho de 138
Predecessor Trajano
Sucessor Antonino Pio
 
Nascimento 24 de janeiro de 76
Itálica, Hispânia Bética, Império Romano
Morte 10 de julho de 138 (62 anos)
Baiae, Itália, Império Romano
Sepultado em Mausoléu de Adriano, Roma, Lácio, Itália
Nome completo  
César Públio Élio Trajano Adriano Augusto
Nome de nascimento Públio Élio Adriano
Esposa Víbia Sabina
Dinastia Nerva-Antonina
Pai Públio Élio Adriano Afer
Mãe Domícia Paulina

Públio Élio Adriano (em latim: Publius Aelius Hadrianus; 24 de janeiro de 7610 de julho de 138), também designado como Hadriano, foi imperador romano de 117 a 138. Pertence à dinastia dos Antoninos, sendo considerado um dos "cinco bons imperadores".

Nasceu provavelmente em Itálica, na Hispânia. Seu pai pertencia à Ordem Senatorial e era primo do imperador Trajano. Quando este faleceu, a imperatriz-viúva, Pompeia Plotina, alegou que em seu leito de morte seu marido havia adotado Adriano e o nomeado sucessor. É incerto se isso realmente ocorreu, mas o Senado e o Exército aprovaram a escolha. Porém, pouco depois quatro importantes senadores que haviam se oposto foram acusados de conspiração pelo prefeito pretoriano Públio Acílio Aciano e condenados à morte ilegalmente. O Senado o responsabilizou pelo crime e nunca o perdoou. Fez outros opositores ao abandonar a política expansionista de seu antecessor e alguns territórios recentemente conquistados, como a Assíria, a Mesopotâmia, a Armênia e partes da Dácia, preferindo investir na consolidação das fronteiras e na unificação dos diversos povos que viviam no Império.

Foi um imperador viajante, visitando quase todas as províncias e passando muito tempo longe de Roma. Encorajou a disciplina e a prontidão no Exército e promoveu, projetou ou financiou pessoalmente várias instituições e edifícios civis e religiosos. Em Roma reconstruiu o Panteão e construiu o grande Templo de Vênus e Roma. Era um amante da cultura grega e procurou fazer de Atenas a capital cultural do Império, ordenando a construção de vários templos suntuosos na cidade. Suprimiu a Revolta de Barcoquebas na Judeia, que entendeu como o sinal do fracasso de seus planos de estabelecer um ideal pan-helênico, mas fora este evento, seu reinado foi em geral pacífico. Em seus últimos anos foi aflito por doenças.

Manteve um intenso relacionamento com o efebo grego Antínoo e após sua morte precoce estabeleceu um culto para ele que teve larga difusão. Seu casamento com Vibia Sabina, sobrinha-neta de Trajano, foi infeliz e não produziu filhos. Em 138 adotou Antonino Pio e o nomeou sucessor. Faleceu no mesmo ano em Baías. Foi divinizado por Antonino, a despeito da oposição do Senado, que sempre o considerou distante e autoritário.

Adriano tem suscitado posições divididas entre a crítica, descrito como enigmático e contraditório, capaz tanto de atos de grande generosidade como de extrema crueldade, dominado por uma curiosidade insaciável, pelo orgulho e pela ambição. O renascimento do interesse contemporâneo pela sua figura deve muito ao romance Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar, publicado em 1951.


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