Al-Nahda

Al-Nahda (em árabe: النهضة/an-Nahḍah; palavra árabe para "despertamento" ou "renascimento") foi um renascimento cultural que começou no final do século XIX e no começo do século XX no Egito, tendo depois se espalhado para regiões falantes de árabe sob o domínio do Império Otomano, regiões essas tais como o Líbano, Síria e outras. É considerado como um período de modernização intelectual e reforma.

Nos estudos tradicionais, o movimento Nahda é visto como sendo conectado com o choque cultural trazido pela invasão do Egito, em 1798, por Napoleão Bonaparte; e por reformas tomadas por governantes subsequentes, como Maomé Ali. Entretanto, os estudos recentes têm mostrado que o Renascimento do Oriente Médio e da África setentrional foi um programa de reforma cultural que foi "autogenético", assim como foi com o Renascimento Ocidental, ligado às reformas Tanzimat feitas durante o período Otomano e mudanças internas na política econômica e reformas públicas no Egito e na Grande Síria.[1]

O movimento Nahda egípcio foi articulado em termos puramente egípcios, e seus participantes eram majoritariamente egípcios, e Cairo foi, sem dúvida, o centro geográfico do movimento. Mas Al-Nahda' também se fez sentir em capitais árabes vizinhas, mais notadamente em Beirute e Damasco. O compartilhamento da língua árabe entre estas nações assegurou que as realizações do movimento pudessem ser rapidamente assimiladas por intelectuais nos mais diversos países árabes.

Nas áreas árabes sob domínio do Império Otomano, a maior influência e motivos foram as reformas Tanzimat, feitas no século XIX pelo próprio Império Otomano, as quais trouxeram uma ordem constitucional às políticas otomanas e formaram uma nova classe política. Mais tarde, com a revolução dos Jovens Turcos, permitiu a proliferação de imprensas e outras publicações.[2]

  1. Stephen Sheehi, Foundations of Modern Arab Identity. Gainesville: University Press of Florida, 2004 [1]
  2. Adnan A. Musallam, Arab Press, Society and Politics at the End of The Ottoman Era Arquivado em 19 de julho de 2011, no Wayback Machine.

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