Alceste De Ambris

Alceste De Ambris
Alceste De Ambris
Nascimento 15 de setembro de 1874
Licciana Nardi, Massa-Carrara, Itália
Morte 9 de dezembro de 1934 (60 anos)
Brive-la-Gaillarde, Limusino, França
Nacionalidade italiano
Cidadania Reino de Itália
Alma mater
Ocupação jornalista, deputado socialista, militante sindical
Escola/tradição socialismo
Religião ateu

Alceste De Ambris (Licciana Nardi, 15 de setembro de 1874Brive-la-Gaillarde, 9 de dezembro de 1934) foi um jornalista, militante socialista e sindicalista italiano, considerado um dos maiores expoentes do sindicalismo revolucionário da Itália. Aderiu ao socialismo já aos 18 anos de idade, tornando-se um militante e propagandista do Partido Socialista Italiano. Em 1893, com 19 anos, ele se matriculou no curso de direito da Universidade de Parma, e se destacou pela sua participação na vida política da província, ajudando a organizar o movimento operário daquela região.

Esteve no Brasil entre 1898 e 1903, onde colaborou com a publicação do periódico Avanti! e contribuiu para organização dos trabalhadores italianos e na formação de núcleos e círculos socialistas. Em 1908, na condição de secretário da Câmara do Trabalho de Parma, organizou uma greve geral que envolveu cerca de 30 mil trabalhadores da província. Ao fim da paralisação, a Procuradoria Real de Parma processou os sindicalistas, incluindo De Ambris, acusando-os de terem promovido e tentado uma insurreição armada contra o Estado durante a greve. Veio ao Brasil mais uma vez, onde permaneceu até 1911 e fundou o periódico La Scure.

Em seu retorno à Itália, foi um dos articuladores da Unione Sindacale Italiana em 1912 e eleito deputado pelo Partido Socialista Italiano em 1913. Com a deflagração da Primeira Guerra Mundial, decidiu apoiar os esforços militares dos Aliados contra os Impérios Centrais. De Ambris foi um dos mais decididos animadores do intervencionismo, argumentando que se posicionava em favor das liberdades fundamentais das nações democráticas ocidentais, e se alistou como voluntário com a entrada da Itália na guerra. Ao fim do conflito, aproximou-se de Gabriele d'Annunzio, acompanhando-o na expedição de Fiume e foi o responsável pela constituição da Regência Italiana de Carnaro.

Com a ascensão de Benito Mussolini ao poder, De Ambris tomou posições contrárias ao fascismo, de modo que partiu para o exílio na França em 1922, onde esteve envolvido em atividades antifascistas com outros exilados italianos. Perdeu sua cidadania italiana em 1927 e morreu no exílio em 1934, na cidade de Brive-la-Gaillarde. Seus restos mortais foram levados para a Itália em 1964, com celebrações na cidade de Parma.


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