Alfredo Stroessner

Alfredo Stroessner
Alfredo Stroessner
Alfredo Stroessner durante a década de 80
Presidente do Paraguai
Período 15 de agosto de 1954
a 3 de fevereiro de 1989
Antecessor(a) Tomás Romero Pereira
Sucessor(a) Andrés Rodríguez Pedotti
Dados pessoais
Nome completo Alfredo Stroessner Matiauda
Alcunha(s) "Coronel do Porta-Malas"
Nascimento 3 de novembro de 1912
Encarnación, Itapúa, Paraguai
Morte 16 de agosto de 2006 (93 anos)
Brasília, Distrito Federal, Brasil
Nacionalidade paraguaio
Alma mater Academia Militar Francisco López
Cônjuge Eligia Mora (1945–2006)
Filhos(as)
  • Gustavo
  • Graciela
  • Hugo Alfredo
  • María Olivia
Partido Partido Colorado (1951–1989)
Religião Católico romano
Profissão Militar
Residência Mburuvicha Róga
Serviço militar
Lealdade Paraguai
Serviço/ramo Exército Paraguaio
Anos de serviço 1929–1989
Graduação General de exército
General de divisão
Conflitos Guerra do Chaco
Guerra Civil Paraguaia
Condecorações Ordem do Condor dos Andes
Ordem de Isabel a Católica
Ordem de Carlos III
Ordem de Quetzal
Ordem da Boa Esperança

Alfredo Stroessner Matiauda OICOCIII (Encarnación, 3 de novembro de 1912Brasília, 16 de agosto de 2006) foi um militar, político e ditador como Presidente do Paraguai sob um governo autoritário desde 15 de agosto de 1954, até que uma insurreição militar o tirou em 3 de fevereiro de 1989. Sua ditadura, de quase trinta e cinco anos e recebendo a denominação histórica de El Stronato, foi o segundo período mais longo em que uma única pessoa ocupou a sede do governo de um país sul-americano em modo contínuo, depois de Dom Pedro II do Brasil (1840-1889) e a terceira maior da América Latina depois de Fidel Castro, em Cuba e Dom Pedro II no Brasil.[1]

Com uma notável carreira militar, tendo participado da Guerra do Chaco (1932-1935) e da Guerra Civil Paraguaia (1947) e membro do Partido Colorado, ele liderou um Golpe de Estado no Paraguai em 1954, que depôs o presidente Federico Chaves. Após uma breve presidência de facto de Tomás Romero Pereira, Stroessner foi eleito sem oposição para completar o período de Chaves.[2] Ele seria reeleito até sete vezes, primeiro sem oposição num regime de partido único e depois através de eleições consideradas meras fraudes.[carece de fontes?] Durante sua ditadura, foram cometidas violações maciças contra os direitos humanos, como prisões arbitrárias, tortura e desaparecimento forçado.[3] O próprio Stroessner também foi acusado de cometer abuso sexual infantil usando sua posição.[4] Seu regime colaborou com outras ditaduras latino-americanas do Plano Condor na década de 70, instigado pelos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria, vendo isso documentado no Arquivo do Terror, descoberto em 1992.[3]

No final dos anos 80, Stroessner, com uma economia estagnada e enfrentando crescente oposição externa depois que todas as ditaduras vizinhas entraram em colapso, também começou a sofrer uma luta interna por sua sucessão. Em 3 de fevereiro de 1989, foi derrubado por um Golpe de Estado no Paraguai liderado pelo general Andrés Rodríguez Pedotti, até então seu sogro.[5] Após a expulsão do poder, ele foi para exílio no Brasil, onde morreu em 16 de agosto de 2006.[6]

  1. «Historia - La hegemonía del Partido Colorado en la historia de Paraguay». France 24. 15 de agosto de 2018. Consultado em 19 de setembro de 2019 
  2. «Paraguay Elects President». The New York Times (em inglês). 12 de julho de 1954. ISSN 0362-4331. Consultado em 16 de junho de 2020 
  3. a b «Lo que dejó el stronismo y no hay que olvidar». La Nación (em espanhol). Consultado em 19 de setembro de 2019 
  4. «Acusan a Stroessner de violar a niñas esclavas». La Capital. Consultado em 19 de setembro de 2019 
  5. «Fin de la dictadura: Recuerdan la gesta del 2 y 3 de febrero de 1989» (em espanhol) 
  6. Schemo, Diana Jean (16 de agosto de 2006). «Stroessner, Paraguay's Enduring Dictator, Dies». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 22 de abril de 2020 

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