Analogia Israel-Apartheid

O Muro da Cisjordânia é chamado "muro do apartheid" pelos críticos da política israelense.[1] Para o governo de Israel, é uma "cerca de segurança".

O tratamento dado por Israel aos palestinos tem sido comparado a um sistema de segregação espacial e étnica, similar ao tratamento dispensado aos cidadãos não-brancos da África do Sul na era do apartheid. Aqueles que fazem essa analogia argumentam que um sistema de controle que inclui a separação de rodovias,[2] desigualdades de infraestrutura e de direitos de acesso à propriedade da terra entre judeus e palestinos nos territórios ocupados por Israel constitui um sistema de apartheid. Alguns cronistas israelenses e defensores dos direitos civis dos palestinos estendem essa analogia aos cidadãos árabes de Israel, descrevendo seu status de cidadania como sendo o de cidadãos de segunda classe. Outros usam a analogia em relação ao tratamento diferenciado dado aos judeus ou aos judeus ortodoxos, sem se referir aos palestinos.[3]

Opositores dessa tese alegam que os cidadãos árabes têm os mesmos direitos que todos os outros cidadãos israelenses,[4] e que o tratamento dispensado aos palestinos nos territórios ocupados se deve a razões de segurança, não de racismo.[5] Eles dizem que essa analogia não passa de um epíteto calunioso que se aplica a Israel, mas não aos países vizinhos.[6][7]

  1. «Welcome - Stop the Wall». stopthewall.org. Consultado em 1 de fevereiro de 2015 
  2. United Nations Commission on Human Rights/ John Dugard. «Relatório sobre a situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados desde 1967 A questão da violação dos direitos humanos nos territórios árabes ocupados, incluindo a Palestina. A/HRC/4/17, 29 Jan. 2007.»  Um sistema de estradas segregadas foi estabelecido no território ocupado da Palestina, pelo qual as estradas foram reservadas para uso exclusivo de colonos judeus, obrigando os palestinos a usarem estradas secundárias de má qualidade e com freqüentes blitz e postos de controle. Israel pediu a ajuda de doadores internacionais para financiar uma melhoria para estradas palestinas, o que foi, na verdade mais uma tentativa de receber capital estrangeiro para a ocupação.
  3. «Our Apartheid State» 
  4. «Israel Is Not An Apartheid State». Jewish Virtual Library. 2008. Consultado em 5 de abril de 2008. Arquivado do original em 17 de janeiro de 2018 
  5. http://www.camera.org/index.asp?x_context=2&x_outlet=118&x_article=1280 Norman Finkelstein, Benny Morris and Peace not Apartheid, February 7, 2007.
  6. «"Deconstructing Apartheid Accusations Against Israel", apresentado em setembro 2007» 
  7. Gideon Shimoni(em hebraico). «Israeli Arabs in the trap of self-deception». www.nrg.co.il 

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