Anticorpo monoclonal

Anticorpos monoclonais ou mAb (do inglês Monoclonal antibodies) são anticorpos produzidos por um único clone de um único linfócito B parental, que é clonado e imortalizado, produzindo sempre os mesmos anticorpos, em resposta a um agente patogénico. Esses anticorpos apresentam-se iguais entre si em estrutura, propriedades físico-químicas e biológicas, especificidade e afinidade, ligando-se por isso ao mesmo epítopo no antigénio. [1]

Esses mAbs podem ser gerados em laboratório para reconhecer e se ligar a qualquer antígeno de interesse. O procedimento foi descrito pela primeira vez em 1975, em artigo publicado na revista Nature, por César Milstein e Georges Köhler, que, por esse feito, dividiram o Prêmio Nobel de Medicina 1984 com o dinamarquês Niels Kaj Jerne.[1]

A existência de anticorpos diferentes para um mesmo agente patogénico torna a resposta pouco eficiente, sendo os anticorpos monoclonais os mais eficientes. Devido a isto, na pesquisa de diagnósticos e terapêuticas eficazes contra certas patologias, utilizam-se preferencialmente anticorpos monoclonais.

Os anticorpos monoclonais (ou imunoglobulinas monoclonais) podem estar presentes no soro sanguíneo e na urina de pessoas afetadas por doenças tais como o mieloma múltiplo (MM), um tipo de câncer que afeta o sistema imune (neoplasia em plasmócitos, células diferenciadas a partir de linfócitos B). Porém, esses anticorpos não são passíveis de serem isolados a partir de um soro policlonal; logo, há necessidade de se produzirem anticorpos monoclonais.

  1. a b Anticorpos Monoclonais. RECEPTA Biopharma, 2012.

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