Atentado de Sarajevo

Atentado de Sarajevo
Atentado de Sarajevo
Ilustração representando o assassinato do Arquiduque Francisco Fernando e de sua esposa, a Duquesa Sofia de Hohenberg.
Local Sarajevo, Bósnia e Herzegovina
Coordenadas 43° 51' 28.5" N 18° 25' 43.5" E
Data 28 de junho de 1914 (110 anos)
10h50min
Tipo de ataque ataque com bomba e arma de fogo
Arma(s) Browning FN M1910
Mortes Francisco Fernando da Áustria
Sofia de Hohenberg
Feridos 20
Responsável(is) Gavrilo Princip
Danilo Ilić
Placa alusiva à morte do arquiduque Francisco Fernando existente no local exato do atentado de 1914.

Atentado de Sarajevo foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria, considerado um dos principais eventos que levaram à Primeira Guerra Mundial. O arquiduque, herdeiro presuntivo do trono austro-húngaro, e sua esposa, Sofia, Duquesa de Hohenberg, foram assassinados em 28 de junho 1914 pelo estudante sérvio-bósnio Gavrilo Princip. Eles foram baleados à queima-roupa enquanto passavam por Sarajevo, capital da província da Bósnia-Herzegovina, formalmente anexada pela Áustria-Hungria em 1908.

Princip fazia parte de um grupo de seis assassinos bósnios junto com Muhamed Mehmedbašić, Vaso Čubrilović, Nedeljko Čabrinović, Cvjetko Popović e Trifko Grabež coordenado por Danilo Ilić; todos, exceto um, eram sérvios bósnios e membros de um grupo estudantil revolucionário que mais tarde ficou conhecido como Jovem Bósnia. O objetivo político do assassinato era libertar a Bósnia e Herzegovina do domínio austro-húngaro e estabelecer um Estado para eslavos do sul ("iugoslavo"). O assassinato precipitou a Crise de Julho, que levou a Áustria-Hungria a declarar guerra ao Reino da Sérvia e ao início da Primeira Guerra Mundial.

A equipe de assassinato foi ajudada pela Mão Negra, um grupo secreto de nacionalistas sérvios; o apoio veio de Dragutin Dimitrijević, na época chefe da seção de inteligência militar do estado-maior sérvio, bem como do major Vojislav Tankosić e de Rade Malobabić, um agente da inteligência sérvia. Tankosić forneceu bombas e pistolas aos assassinos e os treinou em seu uso. Os assassinos tiveram acesso à mesma rede clandestina de esconderijos e agentes que Malobabić usou para a infiltração de armas e agentes na Áustria-Hungria.

Os assassinos e os principais membros da rede clandestina foram julgados em Sarajevo em outubro de 1914. No total, 25 pessoas foram indiciadas. Todos os seis assassinos, exceto Mehmedbašić, tinham menos de vinte anos na época do assassinato; enquanto o grupo era dominado por sérvios bósnios, quatro dos indiciados eram croatas bósnios e todos eram cidadãos austro-húngaros, nenhum da Sérvia. Princip foi considerado culpado de assassinato e alta traição; jovem demais para ser executado, ele foi condenado a vinte anos de prisão, enquanto os outros quatro agressores também receberam penas de prisão. Cinco dos prisioneiros mais velhos foram condenados à forca. Os membros da Mão Negra foram presos e julgados perante um tribunal sérvio em Salonica em 1917 sob acusações forjadas de alta traição; a Mão Negra foi dissolvida e três de seus líderes foram executados. Muito do que se sabe sobre os assassinatos vem desses dois julgamentos e registros relacionados. O legado de Princip foi reavaliado após a dissolução da Iugoslávia e a opinião pública sobre ele nos países pós-Iugoslávia é amplamente dividida em linhas étnicas.


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